quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Chico Xavier - Coleção Completa Obras do nº 1 ao 50

Chico Xavier - Coleção Completa
Obras do nº 1 ao 50


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Espírito: Diversos                                        

Espírito: Diversos

Livro - 001 / Ano - 1932 / Editora - FEB
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Parnaso de Além-Túmulo foi o primeiro livro psicografado por Francisco Cândido Xavier e lançado em 1932.
Parnaso, que significa antologia, coletânea de poesias, trouxe na sua primeira edição um conjunto de 60 poemas atribuídos a 14 poetas brasileiros - Augusto dos Anjos, Auta de Souza, Bittencourt Sampaio, Casimiro de Abreu, Casimiro Cunha, Castro Alves, Cruz e Sousa, Pedro de Alcântara e Sousa Caldas -; quatro portugueses - Antero de Quental, Guerra Junqueiro, João de Deus e Júlio Diniz - e um poeta anônimo denominado "Um desconhecido".
A cada edição, porém, o livro foi incorporando novas composições e novos poetas, até que em sua 6ª edição em 1955, estabilizou-se com 259 poemas atribuídos a 56 autores que se manifestaram através do médium, com suas características e estilos próprios, alguns inconfundíveis.
Foi grande o rebuliço causado na época. Uns lançavam palpites de que Chico era leitor compulsivo, dono de memória prodigiosa, que incorporava o estilo dos poetas inconscientemente. Outros o tratavam por esquizofrênico e, alguns mais ferinos, defendiam que o livro era uma jogada de marketing da parte de Chico Xavier para chamar a atenção. Há, porém, um detalhe: quando o livro foi lançado, o médium tinha 21 anos, apenas a 4ª série primária e não demonstrava dotes intelectuais necessários. 
Chico Xavier, além de afirmar que a autoria dos poemas não lhe pertencia, reverteu todos os direitos autorais para a Federação Espírita Brasileira. Repetia sempre que aobra era lavra dos espíritos. Em trecho escrito na introdução do livro, Chico descreveu seu "ambiente sobrecarregado de trabalho para angariar o pão quotidiano, onde não se pode pensar em letras" e que nunca teve intenção de fazer nome. Afirmava também que nunca pôde aprender senão alguns rudimentos de aritmética, história e vernáculo.
O escritor Humberto de Campos, em artigo publicado no Jornal Diário Carioca, edição do dia 10 de Julho de 1932, identificou nos versos psicografados por Chico, o estilo frouxo e ingênuo de Casimiro Cunha, largo e sonoro de Castro Alves, filosófico e profundo de Augusto dos Anjos. No parágrafo final do artigo, Humberto desafiou os rivais do outro mundo: "Venham fazer concorrência em cima da terra, com o arroz e o feijão pela hora da vida. Do contrário não vale". Dois anos depois, desencarnou. A segunda edição do Parnaso de Além-Túmulo exibia na introdução um artigo com sua assinatura, acompanhada de uma ressalva entre parênteses: espírito. Na certa, já não achava que seria uma desleal concorrência entre vivos e mortos.


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CARTAS DE UMA MORTA 
Espírito: Maria João de Deus
Livro - 002 / Ano - 1935 / Editora - LAKE
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As páginas que vão ler são de autoria daquela que foi, na Terra, a minha mãe muito querida.
Minha progenitora chamava-se Maria João de Deus e desencarnou nesta cidade em 29 de Setembro de 1915. Filha de uma lavadeira humilde de Santa Luiza do Rio das Velhas, ela não pôde receber uma
 educação esmerada, mas todos os que a conheceram, afirmam que os sentimentos do seu coração substituíram a cultura que lhe faltava.
Quando o seu bondoso espírito se comunicou por meu intermédio, pela primeira vez, eu lhe pedi que me contasse as impressões iniciais da sua vida no outro mundo, recebendo a promessa de que havia de fazer oportunamente. Há pouco tempo ela começou a escrever, por intermédio da minha mediunidade, estas cartas que vão ler.
Eu contava cinco anos de idade quando minha mãe desencarnou, mesmo assim nunca pude esquecê-la e, ultimamente, graças ao Espiritismo, ouço a sua voz, comunico-me com ela e ao seu espírito generoso devo os melhores instantes de consolo espiritual da minha vida.
Aí estão, minha mãe, as tuas páginas. Elas vão ser vendidas em benefício das órfãzinhas. Deus permita que os pequeninos que sofrem recebam um conforto em teu nome e que a Misericórdia Divina te auxilie, multiplicando as tuas luzes na vida espiritual.
Francisco Cândido Xavier
(Pedro Leopoldo - MG, 25 de junho de 1935)


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PALAVRAS DO INFINITO
Espírito: Diversos
Livro - 003 / Ano - 1936 / Editora - LAKE
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Uma das mais antigas obras mediúnicas de Chico Xavier, por cujo intermédio falam Humberto de Campos, Augusto dos Anjos, Eça de Queiroz, Cruz e Souza, Emmanuel. O conjunto dessas páginas compõe um cântico de beleza.
A reedição do livro Palavras do Infinito encontra natural explicação no rápido escoamento que tiveram os cinco mil exemplares da publicação anterior, cujos pedidos, vindos de toda parte, denotaram o interesse dos que leem pelas coisas da espiritualidade.
Muito a animou também, concorrendo para a nova tiragem, a boa vontade do digno confrade Francisco Cândido Xavier, a cuja mediunidade e solicitude se devem estas encantadoras comunicações, enviando-nos mais crônicas, mensagens e alguns versos inéditos que tanto ilustram e exortam esta segunda edição.
Humberto de Campos, graças à infinita bondade do Criador, continua a escrever para os “que ficaram”, fazendo-o aliás com a irrecusável autoridade de repórter verdadeiro e sobretudo insuspeito para tratar de assuntos do Além, pois tivesse ele sido, na Terra, espírita praticante, não faltariam opositores fanáticos que viessem refutar os luminosos conselhos que manda às almas encarceradas sobre a “face nevoenta” do planeta com o objetivo de edificá-las para a vida eterna no apostolado do trabalho e da dor.
O humilde psicógrafo Francisco Cândido Xavier com tais produções vem, mais uma vez, firmar os foros justíssimos que goza de médium assombroso, legítimo expoente da fenomenologia espírita, vaso escolhido do Senhor para a grandiosa missão de provar, sob aspecto estritamente intelectual, a sobrevivência do ser e a imortalidade da alma humana.
E essa prova incontrastável aqui está. Contra ela pode levantar-se o “argumento dubitativo”, mas a hipótese única que a explica é a do Evangelho, pela Ressurreição de Jesus, sobre a qual se assenta todo o edifício moral, filosófico e científico do Espiritismo.
Francisco Cândido Xavier
Mais abundante, copiosa, imensa, entretanto, ela se nos depara no “Parnaso de Além- Túmulo”, onde o moço de instrução rudimentar, que vive pobre e triste na sua pequena vila de Pedro Leopoldo, sem biblioteca e sem professor, consegue captar produções de trinta e dois poetas, brasileiros e portugueses, figurando entre eles nomes gloriosos como Arthur Azevedo, Batista Cepelos, Casimiro de Abreu, Castro Alves, Emílio de Menezes, Fagundes Varela, Hermes Fontes, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Antero de Quental, Antônio Nobre, Augusto dos Anjos, Guerra Junqueiro, João de Deus, Júlio Dinis, D.Pedro de Alcântara e tantos mais. Ler este livro surpreendente, maravilhoso e por que não dizê-lo comovedor é verificar 190 produções psicográficas de Chico Xavier, das quais 118 sonetos magistrais num total de 6.538 versos. É realmente admirável a farta messe de poesias e prosa com que o além concorre para provar aos homens que todos os poetas escritores falecidos, sem distinção, são imortais porque são todos acadêmicos do Grand Trianon, vivendo, sentindo, amando e pensando “sem miolos na cabeça...”
O que mais empolga nessas produções não é só o estilo, mas a perfeita identidade literária dos autores, estilo e identidade que se vislumbram quer na cadência do verso, quer na forma, quer na ideia ou no fundo filosófico.
João Ribeiro, citado por Manuel Quintão, “mestre que tal se fez, indene de rabularias acadêmicas”, ao referir-se ao “Parnaso” disse que o médium não atraiçoara nenhum dos poetas.
Estas considerações à guisa de apresentação do folheto já vão excedendo o limite razoável. Antes, porém, de concluir é nosso desejo agradecer a Humberto de Campos, a Humberto espírito e coração imortais, a bondade com que atendeu à solicitação que lhe fizemos para prefaciar as “Palavras do Infinito”, e o nosso agradecimento é tão mais profundo quão extraordinariamente belo e edificante é o prefácio do saudoso escritor patrício. Possam as suas crônicas e bem assim as poesias e mensagens contidas neste opúsculo tocar os corações endurecidos e levar, a quantos o lerem, o doce orvalho da Fé, abrindo-lhes o entendimento para a compreensão da imortalidade e certeza da sobrevivência.
J.B.
(São Paulo , 3 de outubro de 1936)


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CRÔNICAS DE ALÉM-TÚMULO
Espírito: Humberto de Campos
Livro - 004 / Ano - 1937 / Editora - FEB
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Numa série de crônicas, o autor trata, com seu espírito atilado, de matérias como longevidade, paz e verdade, Sócrates e outros. Retrata, pela ótica do mundo espiritual, a Casa de Ismael definindo seus destinos no cenário espírita brasileiro. Estende-se com apreciações sobre os objetivos da Doutrina Espírita, em consolar os aflitos nas provações do mundo corporal. É obra muito lida e citada pelos espíritas estudiosos.
Aborda a questão da sobrevivência espiritual após a morte do corpo físico, objetivando consolar os aflitos do mundo material, por meio do despertar dessa realidade. Esclarece que a morte é uma fatalidade da qual ninguém se exime, na Terra, cabendo a cada um a sentença clara da Justiça Divina.
Por enquanto, poucos intelectuais, na Terra, são suscetíveis de considerar a possibilidade de escreverem um livro, depois de “mortos”. Eu mesmo, em toda a bagagem de minha produção literária no mundo, nunca deixei transparecer qualquer laivo de crença nesse sentido. 
Apegando-me ao resignado materialismo dos meus últimos tempos, desalentado em face dos problemas transcendentes do Além-túmulo, não tive coragem de enfrentá-los, como, um dia, fizeram Medeiros e Albuquerque e Coelho Neto, receoso do fracasso de que deram testemunho, como marinheiros inquietos e imprudentes, regressando ao porto árido dos preconceitos humanos, mal se haviam feito de vela ao grande oceano das expressões fenomênicas da doutrina, onde os espíritas sinceros, desassombrados e incompreendidos, são aqueles arrojados e rudes navegadores da Escola de Sagres que, à força de sacrifícios e abnegações, acabaram suas atividades descobrindo um novo continente para o mundo, dilatando as suas esperanças e santificando os seus trabalhos . . .
Dentro da sinceridade que me caracterizava, não perdi ensejos para afirmar as minhas dúvidas, expressando mesmo a minha descrença acerca da sobrevivência espiritual, desacorçoado de qualquer possibilidade de viver além dos meus ossos e das minhas células doentes . . . 
É verdade que os assuntos de Espiritismo seduziam a minha imaginação, com a perspectiva de um mundo melhor do que esse, onde todos os sonhos das criaturas caminham para a morte; sua literatura fascinava o meu pensamento com o magnetismo suave da esperança, mas a fé não conseguia florescer no meu coração de homem triste, sepultado nas experiências difíceis e dolorosas. Os livros da doutrina eram para o meu espírito como soberbos poemas de um idealismo superior do mundo subjetivo, sem qualquer feição de realidade prática, onde eu afundava as minhas faculdades de análise nas ficções encantadoras; suas promessas e sua mística de consolos eram o brando anestésico que muitos corações infortunados e doloridos precisavam, mas o meu era já inacessível à atuação do sedativo maravilhoso, e o pior enfermo é sempre aquele que já experimentou a ação de todos os específicos conhecidos.
Em 1932, um dos meus companheiros da Academia de Letras solicitou minha atenção para o texto do “Parnaso de Além-Túmulo”. As rimas do outro mundo enfileiravam-se com a sua pureza originária nessa antologia dos mortos, através da mediunidade de Francisco Xavier, o caixeiro humilde de Pedro Leopoldo, impressionando os conhecedores das expressões estilísticas da língua portuguesa. Por minha vez, procurei ouvir a palavra de Augusto de Lima, a respeito do fato, insólito, mas o grande amigo se esquivou ao assunto, afirmando: 
- “Certamente, entre as novidades da minha terra, Pedro Leopoldo concorre com um novo Barão de Münchhausen.”
A verdade, porém, é que pude atravessar as águas pesadas e escuras do Aqueronte e voltar do mundo das sombras, testemunhando a grande e consoladora verdade. É incontestável que nem todos me puderam receber, segundo as realidades da sobrevivência. A visita de um “morto” na maioria das hipóteses constitui sempre um fato importuno e desagradável. Para os vivos, que pautam a existência pelo pentagrama das convenções sociais, o morto com as suas verdades será invariavelmente um fantasma importuno, e temos de acomodar os imperativos da lógica às concepções do tempo em que se vive. 
Feitas essas considerações, eis-me diante do leitor, com um livro de crônicas de Além-Túmulo.
Desta vez, não tenho necessidade de mandar os originais de minha produção literária a determinada casa editora, obedecendo a dispositivos contratuais, ressalvando-se a minha estima sincera pelo meu grande amigo José Olímpio. A lei já não cogita mais da minha existência, pois, do contrário, as atividades e os possíveis direitos dos mortos representariam séria ameaça à tranquilidade dos vivos. 
Enquanto aí consumia o fosfato do cérebro para acudir aos imperativos do estômago, posso agora dar o volume sem retribuição monetária. O médium está satisfeito com a sua vida singela, dentro da pauta evangélica do “dai de graça o que de graça recebestes” e a Federação Espírita Brasileira, instituição venerável que o Prefeito Pedro Ernesto reconheceu de utilidade pública, cuja Livraria via imprimir o meu pensamento, é sobejamente conhecida no Rio de Janeiro, pelas suas respeitáveis finalidades sociais, pela sua assistência aos necessitados, pelo seu programa cristão, cheio de renúncias e abnegações santificadoras.
Aí está o livro com a minha lembrança humilde. Que ele possa receber a bênção de Deus, constituindo um conforto para os aflitos e para os tristes do microcosmo onde vivi.
Que não se precipitem em suas apreciações os que não me puderem compreender. A morte será a mesma para todos. A cada qual será reservado um bangalô subterrâneo e a sentença clara da justiça celeste. Quanto aos espíritos superiores da crítica contemporânea, cristalizados nas concepções da época, que esperem pacientemente pelo Juízo Final, com as suas milagrosas revelações. Não serei eu quem lhes vá esclarecer o entendimento, contando quantos pares de meias usei em toda a vida, ou descobrindo o número exato de seus anos, através de mesas festivas e alegres. Aguardem com calma o toque de reunir das trombetas de Josafá.
 
Humberto de Campos
(Pedro Leopoldo, 25 de junho de 1937)


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EMMANUEL
Espírito: Emmanuel
Livro - 005 / Ano - 1938 / Editora - FEB
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Explicando . . .
Lembro-me de que, em 1931, numa de nossas reuniões habituais, vi a meu lado, pela primeira vez, o bondoso Espírito Emmanuel.
Eu psicografava, naquela época, as produções do primeiro livro mediúnico, recebido através de minhas humildes faculdades e experimentava os sintomas de grave moléstia dos olhos.
Via-lhe os traços fisionômicos de homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz. Às minhas perguntas naturais, respondeu o bondoso guia: - “Descansa! Quando te sentires mais fortes, pretendo colaborar igualmente na difusão da filosofia espiritualista. Tenho seguido sempre os teus passos e só hoje me vês, na tua existência de agora, mas os nossos espíritos se encontram unidos pelos laços mais santos da vida e o sentimento afetivo que me impede para o teu coração têm suas raízes na noite profunda dos séculos . . .”
Essa afirmativa foi para mim imenso consolo e, desde essa época, sinto constantemente a presença desse amigo invisível que, dirigindo as minhas atividades mediúnicas, está sempre ao nosso lado, em todas as horas difíceis, ajudando-nos a raciocinar melhor, no caminho da existência terrestre. A sua promessa de colaborar na difusão da consoladora Doutrina dos Espíritos tem sido cumprida integralmente. Desde 1933, Emmanuel tem produzido, por meu intermédio, as mais variadas páginas sobre os mais variados assuntos. Solicitado por confrades nossos para se pronunciar sobre esta ou aquela questão, noto-lhe sempre o mais alto grau de tolerância, afabilidade e doçura, tratando sempre todos os problemas com o máximo respeito pela liberdade e pelas ideias dos outros. Convidado a identificar-se, várias vezes, esquivou-se delicadamente, alegando razões particulares e respeitáveis, afirmando, porém, ter sido, na sua última passagem pelo planeta, padre católico, desencarnado no Brasil.
Levando as suas dissertações ao passado longínquo, afirma ter vivido ao tempo de Jesus, quando então se chamou Públio Lentulus.
E de fato, Emmanuel, em todas as circunstâncias, tem dado a quantos o procuram os testemunhos de grande experiência e de grande cultura.
Para mim, tem sido ele de incansável dedicação. Junto do Espírito bondoso daquela que foi minha mãe na Terra, sua assistência tem sido um apoio para meu coração nas lutas penosas de cada dia.
Muitas vezes, quando me coloco em relação com as lembranças de minhas vidas passadas e quando sensações angustiosas me prendem o coração, sinto-lhe a palavra amiga e confortadora. Emmanuel leva-me, então, às eras mortas e explica-me o grande e pequeno porquê das atribulações de cada instante. Recebo invariavelmente, com a sua assistência, um conforto indescritível, e assim é que renovo minhas energias para a tarefa espinhosa da mediunidade, em que somos ainda tão incompreendidos.
Alguns amigos, considerando o caractere de simplicidade dos trabalhos de Emmanuel, esforçaram-se para que este volume despretensioso surgisse no campo da publicidade.


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BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO
Espírito: Humberto de Campos
Livro - 006 / Ano - 1938 / Editora - FEB
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Este livro é "a revelação da missão coletiva de um país", como define o Espírito Emmanuel, que o prefacia. Ditado em 1938 a Francisco Cândido Xavier, nele o autor, que em obras posteriores passou a utilizar o pseudônimo Irmão X, analisa fatos da História do Brasil, objetivando demonstrar a missão evangelizadora da nação e o acompanhamento feito por Jesus do seu processo evolutivo. A partir de dados colhidos no plano espiritual, tece comentários sobre a escravidão, os movimentos nativistas, a independência, a Guerra do Paraguai, o Espiritismo e o Movimento Espírita no Brasil. Explica a missão da pátria brasileira como "coração espiritual da Terra", evidenciada pela espontânea e enorme acolhida que a Doutrina Espírita, codificada por Allan Kardec, teve em nosso país, concitando o povo à prática do Evangelho de Jesus, a fim de irradiar à Humanidade a paz e a fraternidade.


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LIRA IMORTAL
Espírito: Diversos
Livro - 007 / Ano - 1939 / Editora - LAKE
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Pela pena mediúnica de Chico Xavier, falam neste belo volume as grandes vozes líricas do simbolismo e do parnasianismo do Brasil e Portugal, tais como Alphonsus de Guimarães, Antero de Quental, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza e Olavo Bilac, entre outros poetas. Elevação poética e emoção.
Os espíritas de Belo Horizonte, dentro das grandes finalidades da doutrina que abraçaram, cogitam da edificação do “Abrigo Jesus”, que será um pouso tranquilo para a infância desamparada, nas ruas largas da cidade moderna de Aarão Reis.
Nos amargurados tempos que correm, nenhuma obra existe mais digna de cooperação que a da caridade ativa, irmã de todos os infortunados e de todos os tristes; e só ela no grande edifício da organização social conseguirá manter o equilíbrio e a paz, até que os homens, baseando-se no Evangelho, estejam habilitados a construir sobre o mundo o lar verdadeiramente cristão, entre os sentimentos mais elevados da vida, quando, então, a fraternidade humana florescerá por toda parte, em manifestações espontâneas, dispensando todas as organizações e todos os programas.
Aos espíritas sinceros que revivem nos corações e nos agrupamentos, as claridades suaves do cristianismo em sua simplicidade primitiva, punge o espetáculo angustioso das mãozinhas magras e miúdas que se desdobram pelas praças públicas, escrevendo a história da mais amargurada indigência. Em todas as cidades, vemo-los ativos, organizando postos de assistência, fundando escolas, edificando asilos de carinho e de amor, imolando-se pela coletividade. Na sua compreensão cristã do sofrimento, os seus corações de lutadores conseguiram apreender as grandes realidades da vida. Simples e humildes, conscientes da proteção da Providência Divina, não marcham para o campo das reivindicações de ordem política. Integrados no conhecimento da necessidade das provas salvadoras, não apregoam recursos extremos, nem rubras teorias revolucionárias. Multiplicam-se no terreno de sua obscuridade, trabalhando no silêncio e na sombra, longe das vaidades corruptoras do século. Suas possibilidades materiais são as do seu próprio trabalho construtivo que o Senhor converte em moedas de luz no câmbio do céu e, tomados de fé e de esperança, realizam sozinhos, sem os bafejos oficiais, as obras mais vastas de benemerência, ao mesmo tempo que educam os seus irmãos da humanidade, formando os perídromos da mentalidade cristã, com vistas ao porvir.
O “Abrigo Jesus” é uma organização dessa natureza. Seus fundadores são os milionários da esperança e da boa vontade. Seus esforços se erguem em súplicas ao Infinito, em preces que voltam do tesouro celeste, como dádivas de energia realizadora. Dentro das suas preocupações de beneficência, ouvem aquela voz suave da Galileia: - “Deixai vir a mim os pequeninos!” - e, ansiosos, multiplicam as suas forças na oficina da caridade cristã. Constroem com as suas abnegações e com as suas lágrimas, centralizando os seus interesses, em favor das mais largas afirmações da doutrina da verdade e da luz sobre a face da Terra. 
É pensando nisso, leitor, que apresento a você este livro. Ele se constitui dos acordes da lira imortal de quantos atravessaram o Aqueronte da sepultura. Guarde as suas rimas no coração e não negue o seu auxílio aos órfãozinhos. 
Quero crer que o verso, no Brasil, nunca interessou o mercado dos livros. Lembro-me de que, certa vez, a máquina aguardava a composição de minha crônica sobre a memória de Camões, mas nesse dia, a paixão do verso empolgava-me o coração de brasileiro. Recordando o esplendor e a mediria da maior figura da língua portuguesa, não resisti à inspiração do poema que saiu da minha alma, em rimas espontâneas, ao ritmo das lembranças profundas da subconsciência. Precisava, porém, escrever a crônica. Mas, sem tempo e sem oportunidade, enganei a máquina de escrever, tentando mistificar o próprio coração. Transformei os versos em prosa para não escandalizar os consumidores, e a crônica rimada aí ficou nos meus livros, sem que os editores procurassem desvalorizar a minha humilde produção. 
Narrando o fato, não desejo ofender as grandes entidades que deixam nestas páginas o traço indiscutível de sua personalidade sobrevivente. Com isso, apenas apresento um subsídio ao estudo do gosto artístico da época.
É por essa razão que, apresentando a você o volume, quero lembrar-lhe a missão da caridade cristã nos dias que passam. Sei que o seu coração vibra na harmonia santificada de sua luminosa oficina e é considerando essa verdade que eu lhe peço guardar as melodias do mundo invisível, em troca de um pedaço de pão para os que não têm um teto.
Atenda ao meu pedido e quando descansar os seus olhos sobre o painel de sentimentos que estas páginas refletem, sentirá o seu espírito que a mão compassiva e misericordiosa de Jesus virá, de mansinho, numa onda de claridades e de perfumes, entornar o mel das suas bênçãos divinas sobre o mundo das mais sagradas esperanças do seu coração.
Humberto de Campos
(3 de fevereiro de 1938)


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A CAMINHO DA LUZ
Espírito: Emmanuel
Livro 008 / Ano - 1939 / Editora - FEB
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Enfoca, desde a gênese planetária até as perspectivas para o futuro da humanidade, abordando temas como: os primeiros habitantes da Terra, povos e religiões do passado, Império Romano e Revolução Francesa. Esclarece que os Espíritos sempre zelaram pelo desenvolvimento humano e o orientaram, de acordo com os desígnios da divina misericórdia.
Quem busca compreender nosso mundo e penetrar nas origens do planeta vai encontrar neste livro a resposta.
Dos eventos, fatos, situações e personagens que, através do tempo, balizaram a nossa marcha, o autor espiritual destacou os mais relevantes e os apresenta em notável trabalho de síntese.
Narra a história da civilização à luz do Espiritismo, mostrando a verdadeira posição do Evangelho do Cristo em face das religiões e filosofias terrenas.
Trata dos primeiros habitantes da Terra, perpassando as páginas históricas dos povos, dos grandes impérios e das mutações que se sucedem na direção do futuro.
Emmanuel demonstra que, por determinismo divino, estamos todos a caminho da Luz.

Antelóquio:
Meus amigos, que Deus vos conceda paz. 
É-me grata a vossa palestra a respeito dos nossos trabalhos. Esperamos e supliquemos a bênção do Alto para o nosso esforço. Dando seguimento aos nossos estudos, procuremos esforçar-nos por mostrar a verdadeira posição do Evangelho do Cristo, tanta vez incompreendida aí no mundo, em face das religiões e das filosofias terrenas.
Não deverá ser este um trabalho histórico. A história do mundo está compilada e feita. Nossa contribuição será à tese religiosa, elucidando a influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres. O livro do irmão Humberto foi à revelação da missão coletiva de um país; nosso esforço consistirá, tão somente, em apontamentos à margem da tarefa de grandes missionários do mundo e de povos que já desapareceram, esclarecendo a grandeza e a misericórdia do Divino Mestre. Vamos esperar os dias próximos, quando tentaremos realizar nossos planos humildes de trabalho. Que Deus vos conceda a todos tranquilidade e saúde, e a nós as possibilidades necessárias. Muito vos agradeço o concurso de cada um no esforço geral. Trabalhemos na grande colmeia da evolução, sem outra preocupação que não seja a de bem servir. Àquele que, das Alturas, sabe de todas as nossas lutas e lágrimas. Confiemos nEle. Do seu coração augusto e misericordioso parte a fonte da luz e da vida, da harmonia e da paz para todos os corações. Que Ele vos abençoe. 
 
Emmanuel 
(Pedro Leopoldo, 17 de julho de 1938)


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NOVAS MENSAGENS
Espírito: Humberto de Campos
Livro 009 / Ano - 1940 / Editora - FEB
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O Espiritismo no Brasil:
Numerosos companheiros de Allan Kardec já haviam regressado às luzes da espiritualidade, quando inúmeras entidades do serviço de direção dos movimentos espiritistas no planeta deliberaram efetuar um balanço de realizações e de obras em perspectiva, nos arraiais doutrinários, sob a bênção misericordiosa e augusta do Cordeiro de Deus. 
Vivia-se, então, no limiar do século XX, de alma aturdida ante as renovações da indústria e da ciência, aguardando-se as mais proveitosas edificações para a vida do Globo.
Falava-se aí, nesse conclave do plano invisível, com respeito à propagação da nova fé, em todas as regiões do mundo, procurando-se estudar as possibilidades de cada país, no tocante ao grande serviço de restauração do Cristianismo, sem suas fontes simples e puras. 
Após várias considerações, em torno do assunto, o diretor espiritual da grande reunião falou com segurança e energia:
“- Irmãos de eternidade: no mundo terrestre, de modo geral, as doutrinas espiritualistas, em sua complexidade e transcendência, repousam no coração da Ásia adormecida; mas, precisamos considerar que o Evangelho do Divino Mestre não conseguiu ainda harmonizar essas variadas correntes de opinião do espiritualismo oriental com a fraternidade perfeita, em vista de as nações do Oriente se encontrarem cristalizadas na sua própria grandeza, há alguns milênios.
Em breve, as forças da violência acordarão esses países que dormem o sono milenário do orgulho, numa injustificável aristocracia espiritual, a fim de que se integrem na lição da solidariedade verdadeira, mediante os ensinamentos do Senhor! . . . Urge, pois, nos voltemos para a Europa e para a América, onde, se campeiam as inquietações e ansiedades, existe um desejo real de reforma, em favor da grande cooperação pelo bem comum da coletividade. Certo, essa renovação é sinônima de muitas dores e dos mais largos tributos de lágrimas e de sangue; mas, sobre as ruínas da civilização ocidental, deverá florescer no futuro uma sociedade nova, com base na solidariedade e na paz, em todos os caminhos dos progressos humanos . . .  Examinemos os resultados dos primeiros esforços do Consolador, no Velho Mundo! . . .” 
E os representantes dos exércitos de operários, que laboram nos diversos países da Europa e da América, começaram a depor, sobre os seus trabalhos, no congresso do plano invisível, elucidando-os sinteticamente: -“ A França – exclamava um deles - , berço do grande missionário e codificador da doutrina, desvela-se pelo esclarecimento da razão, ampliando os setores da ciência humana, positivando a realidade de nossa sobrevivência, através dos mais avançados métodos de observação e de pesquisa. Lá se encontram ainda numerosos mensageiros do Alto, como Denis, Flammarion e Richet, clareando ao mundo os grandes caminhos filosóficos e científicos do porvir.”
- “A Grã-Bretanha – afirmava outro – multiplica os seus centros de estudos e de observação, intensificando as experiências de Crookes e dissolvendo antigos preconceitos.”
- “A Itália – asseverava novo mensageiro – teve com Lombroso o início de experiências decisivas. O próprio Vaticano se interessa pela movimentação das ideias espiritistas no seio das classes sociais, onde foi estabelecido rigoroso critério de análise no comércio dos planos invisíveis com o homem terrestre.”
- “A Rússia, bem como outras regiões do Norte – prosseguia outro emissário -, conseguira com Aksakof a difusão de nossas verdades consoladoras. Até a corte do Czar se vem interessando nas experimentações fenomênicas da Doutrina.”
“A Alemanha – afirmava ainda outro – possui numerosos físicos que se preocupam cientificamente com os problemas da vida e da morte, enriquecendo os nossos esforços de novas expressões de experiência e cultura...”
Iam as exposições a essa altura, quando uma luz doce e misericordiosa inundou o ambiente da reunião de sumidades do plano espiritual. Todos se calaram, tomados de emoção indizível, quando uma voz, augusta e suave, falou, através das vibrações radiosas de que se tocava a grande assembleia: 
“Amados meus, não tendes, para a propagação da palavra do Consolador, senão os recursos da falível ciência humana? Esquecestes que os excessos de raciocínio prejudicaram o coração das ovelhas desgarradas do grande rebanho? Não haverá verdade sem humildade e sem amor, porque toda a realidade do Universo e da vida deve chegar ao pensamento humano, antes de tudo, pela fé, ao sopro dos seus resplendores eternos e divinos! . . . Operários do Evangelho: excelente é a ciência bem intencionada do mundo, mas não esqueçais o coração, em vossos labores sublimes . . . Procurai a nação da fraternidade e da paz, onde se movimenta o povo mais emotivo do globo terrestre, e iniciai ali uma tarefa nova. Se o Cristo edificou a sua igreja sobre a pedra segura e inabalável da fé que remove montanhas e se o Consolador significa a doutrina luminosa e santa de esperança de redenção suprema das almas, todos os seus movimentos devem conduzir à caridade, antes de tudo, porque sem caridade não haverá paz nem salvação para o mundo que se perde! . . .”
Uma copiosa efusão de luzes, como bênçãos do Divino Mestre, desceu do Alto sobre a grande assembleia, assim que o apóstolo do Senhor terminou a sua exortação comovida e sincera, luzes essas que se dirigiam, como aluvião de claridades, para a terra generosa e grande que repousa sob a luz gloriosa da constelação do Cruzeiro.
E foi assim que a caridade selou, então, todas as atividades do Espiritismo brasileiro. Seus núcleos, em todo o país, começaram a representar os centros de eucaristia divina para todos os desesperados e para todos os sofredores. Multiplicaram-se as tendas de trabalho do Consolador, em todas as suas cidades prestigiosas, e as receitas mediúnicas, os conselhos morais, os postos de assistência, as farmácias homeopatas gratuitas, os passes magnéticos, multiplicaram-se, em toda parte no Brasil, para a fusão de todos os trabalhadores, no mesmo ideal de fraternidade e de redenção pela caridade mais pura. 
(Recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em 5 de Novembro de 1938)
 
Francisco Cândido Xavier
(05 de novembro de 1938)


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HÁ DOIS MIL ANOS
Espírito: Emmanuel
Livro - 010 / Ano - 1940 / Editora - FEB
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Narrativa de Emmanuel, espírito mentor de Chico Xavier, a respeito de uma de suas encarnações como Senador Romano. O livro ressalta episódios da história do cristianismo no século I e momentos inesquecíveis, de grandes emoções. Disponível também em edição especial com letras maiores, diagramação moderna e papel especial.

Na Intimidade de Emmanuel
Ao Leitor:
Leitor, antes de penetrares o limiar desta história, é justo apresentemos à tua curiosidade algumas observações de Emmanuel, o ex-senador Públio Lentulus, descendente da orgulhosa “gens Cornelia”, recebidas desse generoso Espírito, na intimidade do grupo de estudos espiritualistas de Pedro Leopoldo, Estado de Minas Gerais. 
Através destas observações ficarás conhecendo as primeiras palavras do Autor, a respeito desta obra, e suas impressões mais profundas, no curso do trabalho, que foi levado a efeito de 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, segundo as possibilidades de tempo do seu médium e sem perturbar outras atividades do próprio Emmanuel, junto aos sofredores que frequentemente o procuram, e junto ao esforço de propaganda do Espiritismo cristão na Pátria do Cruzeiro. 
Em 7 de setembro de 1938, afirmava ele em pequena mensagem endereçada aos seus amigos encarnados:
“Algum dia, se Deus mo permitir, falar-vos-ei do orgulhoso patrício Públio Lentulus, a fim de algo aprenderdes nas dolorosas experiências de uma alma indiferente e ingrata. 
Esperemos o tempo e a permissão de Jesus.”
Emmanuel não esqueceu a promessa. Com efeito, em 21 de outubro do mesmo ano, voltava a recordar, noutro comunicado familiar:
“Se a bondade de Jesus nos permitir, iniciaremos o nosso esforço, dentro de alguns dias, esperando eu a possibilidade de grafarmos as nossas lembranças do tempo em que se verificou a passagem do Divino Mestre sobre a face da Terra.”
Não sei se conseguiremos realizar tão bem, quanto desejamos, semelhante intento. De antemão , todavia, quero assinalar minha confiança na misericórdia do Nosso Pai de Infinita Bondade” .
De fato, em 24 de Outubro referido, recebida o médium Xavier a primeira página deste livro e, no dia seguinte, Emmanuel voltava a dizer: 
“Iniciamos, com o amparo de Jesus, mais um despretensioso trabalho. Permita Deus que possamos levá-lo a bom termo.
Agora verificareis a extensão de minhas fraquezas no passado, sentindo-me, porém, confortado em aparecer com toda a sinceridade do meu coração, ante o plenário de vossas consciências. Orai comigo, pedindo a Jesus para que eu possa completar esse esforço, de modo que o plenário se dilate, além do vosso meio, a fim de que a minha confissão seja um roteiro para todos.”
Durante todo o esforço de psicografia, o Autor deste livro não perdeu ensejo de ensinar a humildade e a fé a quantos o acompanham. Em 30 de dezembro de 1938, comentava, em nova mensagem afetuosa: 
“Agradeço, meus filhos, o precioso concurso que me vindes prestando. Tenho-me esforçado, quanto possível, para adaptar uma história tão antiga ao sabor das expressões do mundo moderno, mas, em relatando a verdade, somos levados a penetrar, antes de tudo, na essência das coisas, dos fatos e dos ensinamentos.
Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírito, há dois mil anos. 
Permita Jesus que eu possa atingir os fins a que me propus, apresentando, nesse trabalho, não uma lembrança interessante acerca de minha pobre personalidade, mas, tão somente, uma experiência para os que hoje trabalham na semeadura e na seara do Nosso Divino Mestre.”
De outras vezes, Emmanuel ensinava aos seus companheiros encarnados a necessidade de nossa ligação espiritual com Jesus, no desempenho de todos os trabalhos. No dia 4 de Janeiro de 1939, grafava ele esta prece, ainda com respeito às suas memórias do passado remoto: 
“Jesus, Cordeiro Misericordioso do Pai de todas as graças, são passados dois mil anos e minha pobre alma ainda revive os seus dias amargurados e tristes!...
Que são dois milênios, Senhor, no relógio da Eternidade?
Sinto que a tua misericórdia nos responde em suas ignotas profundezas... Sim, o tempo é o grande tesouro do homem e vinte séculos, como vinte existências diversas, podem ser vinte dias de provas, de experiências e de lutas redentoras. 
Só a tua bondade é infinita! Somente tua misericórdia pode abranger todos os séculos e todos os seres, porque em Ti vive a gloriosa síntese de toda a evolução terrestre, fermento divino de todas as culturas, alma sublime de todos os pensamentos. 
Diante de meus pobres olhos, desenha-se a velha Roma dos meus pesares e das minhas quedas dolorosas... Sinto-me ainda envolto na miséria de minhas fraquezas e contemplo os monumentos das vaidades humanas... Expressões políticas, variando nas suas características de liberdade e de força, detentores da autoridade e do poder, senhores da fortuna e da inteligência, grandezas efêmeras que perduram apenas por um dia fugaz!... Tronos e púrpuras, mantos preciosos das honrarias terrestres, togas da falha justiça humana, parlamentos e decretos supostos irrevogáveis!... Em silêncio, Senhor, viste a confusão que se estabelecera entre os homens inquietos e, com o mesmo desvelado amor, salvaste sempre as criaturas no instante doloroso das ruínas supremas... Deste a mão misericordiosa e imaculada aos povos mais humildes e mais frágeis, confundiste a ciência mentirosa de todos os tempos, humilhaste os que se consideravam grandes e poderosos!... 
Sob o teu olhar compassivo, a morte abriu suas portas de sombra e as falsas glórias do mundo foram derruídas no torvelinho das ambições, reduzindo-se todas as vaidades a um acervo de cinzas!...
Ante minhalma surgem as reminiscências das construções elegantes das colinas célebres; vejo o Tibre que passa, recolhendo os detritos da grande Babilônia imperial, os aquedutos, os mármores preciosos, as termas que pareciam indestrutíveis... Vejo ainda as ruas movimentadas, onde uma plebe miserável espera as graças dos grandes senhores, as esmolas de trigo, os fragmentos de pano para resguardarem do frio a nudez da carne. 
Regurgitam os circos... Há uma aristocracia do patriciado observando as provas elegantes do Campo de Marte e, em tudo, das vias mais humildes até os palácios mais suntuosos, fala-se de César, o Augusto!...
Dentro dessas recordações, eu passo, Senhor, entre farraparias e esplendores, com o meu orgulho miserável! Dos véus espessos de minhas sombras, também eu não te podia ver, no Alto, onde guardas o teu sólido de graças inesgotáveis.
Enquanto o grande Império se desfazia em suas lutas inquietantes, trazias o teu coração no silêncio e, como os outros, eu não percebia que vigiavas!
Permitiste que a Babel romana se levantasse muito alto, mas, quando viste que se ameaçava a própria estabilidade da vida no planeta, disseste: - “Basta! São vindos os tempos de operar-se na seara da Verdade!” E os grandes monumentos, com as estátuas dos deuses antigos, rolaram de seus pedestais maravilhosos! Um sopro de morte varreu as regiões infestadas pelo vírus da ambição e do egoísmo desenfreado, despovoando-se, então, a grande metrópole do pecado. Ruíram os circos formidandos, caíram os palácios, enegreceram-se os mármores luxuosos...
Bastou uma palavra tua, Senhor, para que os grandes senhores voltassem às margens do Tibre, como escravos misérrimos!... Perambulamos, assim, dentro da nossa noite, até o dia em que nova luz brotara em nossa consciência. Foi preciso que os séculos passassem, para aprendermos as primeiras letras de tua ciência infinita, de perdão e de amor! 
E aqui estamos, Jesus, para louvar-te a grandeza! Dá que possamos recordar-te em cada passo, ouvir-te a voz em cada som distraído do caminho, para fugirmos da sombra dolorosa!... Estende-nos tuas mãos e fala-nos ainda do teu Reino!... Temos sede imensa daquela água eterna da vida, que figuraste no ensinamento à Samaritana . . .
Exército de operários do teu Evangelho, nós nos movemos sob as tuas determinações suaves e sacrossantas! Ampara-nos, Senhor, e não nos retires dos ombros a cruz luminosa e redentora, mas ajuda-nos a sentir, nos trabalhos de cada dia, a luz eterna e imensa do teu Reino de paz, de concórdia e de sabedoria, em nossa estrada de luta, de solidariedade e de esperança!... 
Em 8 de fevereiro último, véspera do término da recepção deste livro, agradecia Emmanuel o concurso de seus companheiros encarnados, em comunicado familiar, do qual destacamos algumas frases: 
“Meus amigos, Deus vos auxilie e recompense. Nosso modesto trabalho está a terminar. Poucas páginas lhe restam e eu vos agradeço de coração.
- Reencontrando os Espíritos amigos das épocas mortas, sinto o coração satisfeito e confortado ao verificar a dedicação de todos ao firme pensamento de evolução, para a frente e para o alto, pois não é sem razão de ser que hoje laboramos na mesma oficina de esforço e boa vontade. 
Jesus há-de recompensar a cota de esforço amigo e sincero que me prestastes e que a sua infinita misericórdia vos abençoe é a minha oração de sempre.”
Aqui ficam algumas das anotações íntimas de Emmanuel, fornecidas na recepção deste livro. A humildade desse generoso Espírito vem demonstrar que no plano invisível há, também, necessidade de esforço próprio, de paciência e de fé para as realizações. 
As notas familiares do Autor são um convite para que todos nós saibamos orar, trabalhar e esperar em Jesus-Cristo, sem desfalecimentos na luta que a bondade divina nos oferece para o nosso resgate, no caminho da redenção. 
 
(Pedro Leopoldo, 2 de março de 1939)


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Espírito: Emmanuel
Livro - 011 / Ano - 1940 / Editora - FEB
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Neste romance Emmanuel conta-nos uma história ligada ao Cristianismo do século II. Nele, alguns personagens do livro “Há Dois Mil Anos” voltam à jornada terrena vivenciando, de modo claro, a lei de causa e efeito. Um dos personagens centrais daquela obra, o Senador Públio Lentulus, apresenta-se nesta em uma nova roupagem, encarnado como um escravo: Nestório. Esse escravo mostra, na sua volta à Terra, uma postura mais humilde, agora numa categoria que seu coração orgulhoso havia espezinhado na existência anterior. A misericórdia do Senhor permite-lhe reparar, na personalidade de Nestório, os desmandos e arbitrariedades cometidos no passado, quando, investido do poder público, supunha, em sua vaidade, guardar todos os direitos e poderes em suas mãos. O personagem central deste livro é, no entanto, uma mulher, Célia. Coração sublime, cujo heroísmo divino foi, no dizer de Emmanuel, uma luz acesa na estrada de numerosos Espíritos amargurados e sofredores. Ela entendeu e viveu as lições de Jesus no transcurso doloroso de sua existência.

Carta ao Leitor:
Meu amigo, Deus te conceda paz.
Se lestes as páginas singelas do “Há Dois Mil Anos...”, é possível que procures aqui a continuação das lutas intensas, vividas pelas suas personagens reais, na arena de lutas redentoras da Terra. É por esse motivo que me sinto obrigado a explicar-te alguma coisa, com respeito ao desdobramento desta nova história. 
Cinquenta anos depois das ruínas fumegantes de Pompeia, nas quais o impiedoso senador Públio Lentulus se desprendia novamente do mundo, para aferir o valor de suas dolorosas experiências terrestres, vamos encontrá-lo, nestas páginas, sob a veste humilde dos escravos, que o seu orgulhoso coração havia espezinhado outrora. A misericórdia do Senhor permitia-lhe reparar, na personalidade de Nestório, os desmandos e arbitrariedades cometidos no pretérito, quando, como homem público, supunha guardar nas mãos vaidosas, por injustificável direito divino, todos os poderes. Observando um homem cativo, reconhecerás, em cada traço de seus sofrimentos, o venturoso resgate de um passado de faltas clamorosas. 
Todavia, sinto-me no dever de esclarecer-te a curiosidade, com referência aos seus companheiros mais diretos, na nova romagem terrena, de que este livro é um testemunho real. 
Não obstante estarem na Terra, pela mesma época, os membros da famíliaSeverus, Flávia e Marcus Lentulus, Saul e André de Gioras, Aurélia, Sulpício, Flávia e demais comparsas do mesmo drama, devo esclarecer-te que todos esses companheiros de luta mourejavam, na ocasião, em outros setores de sofrimentos abençoados, não comparecendo aqui, onde o senador Públio Lentulus aparece, aos teus olhos, na indumenta de escravo, já na idade madura, como elemento integrante de um quadro novo.
De todas as personagens do “Há Dois Mil Anos...’’, um contudo aqui se encontra, junto de outras figuras do mesmo tempo, como Policarpo, embora não relacionado nominalmente no livro anterior, companheiro esse que, pelos laços afetivos, se lhe tornara um irmão devotado e carinhoso, pelas mesmas lutas políticas e sociais na Roma de Nero e de Vespasiano. Quero referir-me a Pompílio Crasso, aquele mesmo irmão de destino na destruição de Jerusalém, cujo coração palpitante lhe fora retirado do peito por Nicandro, às ordens severas de um chefe cruel e vingativo. 
Pompílio Crasso é o mesmo Helvídio Lucius destas páginas, ressurgindo no mundo para o trabalho renovador e, aludindo a um amigo dedicado e generoso, quero dizer-te que este livro não foi escrito de nós e por nós, no pressuposto de descrever as nossas lutas transitórias no mundo terrestre. Este livro é o repositório da verdade sobre um coração sublime de mulher, transformada em santa, cujo heroísmo divino foi uma luz acesa na estrada de numerosos Espíritos amargurados e sofredores. 
No “Há Dois Mil Anos...” buscávamos encarecer uma época de luzes e sombras, onde a materialidade romana e o Cristianismo disputavam a posse das almas, num cenário de misérias e esplendores, entre as extremas exaltações de César e as maravilhosas edificações em Jesus-Cristo. Ali, Públio Lentulus se movimenta num acervo de farraparias morais e deslumbramentos transitórios; aqui, entretanto, como o escravo Nestório, observa ele uma alma. Refiro-me a Célia, figura central das páginas desta história, cujo coração, amoroso e sábio, entendeu e aplicou todas as lições do Divino Mestre, no transcurso doloroso de sua vida. Na sequência dos fatos, dentro da narrativa, seguirás os seus passos de menina e de moça, como se observasses um anjo pairando acima de todas as contingências da Terra. Santa pelas virtudes e pelos atos de sua existência edificante, seu Espírito era bem o lírio nascido do lado das paixões do mundo, para perfumar a noite da vida terrestre, com os olores suaves das mais divinas esperanças do Céu.
Podemos afirmar, portanto, leitor amigo, que este volume não relaciona, de modo integral, a continuação das experiências purificadoras do antigo senador Lentulus, nos círculos de resgate dos trabalhos terrestres. É a história de um sublime coração feminino que se divinizou no sacrifício e na abnegação, confiando em Jesus, nas lágrimas da sua noite de dor e de trabalho, de reparação e de esperança. A Igreja Romana lhe guarda, até hoje, as generosas tradições, nos seus arquivos envelhecidos, se bem que as datas e as denominações, as descrições e apontamentos se encontrem confusos e obscuros pelo dedo viciado dos narradores humanos.
Mas, meu irmão e meu amigo, abre estas páginas refletindo no turbilhão de lágrimas que se represa no coração humano e pensa no quinhão de experiências amargas que os dias transitórios da vida te trouxerem. É possível que também tenhas amado e sofrido muito. Algumas vezes experimentaste o sopro frio da adversidade enregelando o teu coração. De outras, feriram-te a alma bem intencionada e sensível a calúnia ou o desengano. Em certas circunstâncias, olhaste também o céu e perguntaste, em silêncio, onde se encontrariam a Verdade e a Justiça, invocando a misericórdia de Deus, em preces dolorosas. Conhecendo, porém, que todas as dores têm uma finalidade gloriosa na redenção do teu Espírito, lê esta história real e medita. Os exemplos de uma alma santificada no sofrimento e na humildade, ensinar-te-ão a amar o trabalho e as penas de cada dia; observando-lhe os martírios morais e sentindo, de perto, a sua profunda fé, experimentarás um consolo brando, renovando as tuas esperanças em Jesus-Cristo.
Busca entender a essência deste repositório de verdades confortadoras e, do plano espiritual, o Espírito purificado de nossa heroína derramará em teu coração o bálsamo consolador das esperanças sublimes. 
Que aproveites do exemplo, como nós outros, nos tempos recuados das lutas e das experiências que passaram, é o que te deseja um irmão e servo humilde. 

Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 19 de dezembro de 1939)


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CARTAS DO EVANGELHO
Espírito: Casimiro Cunha
Livro - 012 / Ano - 1941 / Editora - LAKE
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Ouve, amigo!
As “Cartas do Evangelho" são vendidas em benefício da Casa da Criança, que Jesus nos auxiliou a fundar, em Campos, para recolher os pequenos desvalidos.
Quem as escreveu foi Casimiro Cunha, valoroso discípulo de Jesus e devotado amigo do plano espiritual. São, pois, notícias de um irmão carinhoso, que se elevou a uma esfera mais alta pelos seus méritos morais e valores puros do sentimento.
Estas cartas, portanto, são umas correspondências do céu. Seu preço pode, assim, representar o de uma taxa comum, como a dos selos do mundo, sobre a mensagem de um coração distante e amigo. E no caso presente a moeda despendida é a moeda do céu, porque nos mundos purificados todos os bens são adquiridos pelo valor sagrado e definitivo da virtude.
Vê, pois, leitor amigo, que a sua cooperação material será convertida em agasalho e proteção para os órfãozinhos.
Todavia, não desejo referir-me tão somente à finalidade do selo, que é proveitosa e justa, mas também à significação destas cartas e ao seu substancioso conteúdo.
A presente mensagem, tão simples na sua rima e tão grande na sua expressão ideológica, é o amoroso convite ao banquete do Evangelho. Inicia a sua leitura e medita. Elas falam de suas necessidades, de suas esperanças e de seus sofrimentos. Esclarecendo as suas dúvidas, lhes iluminam, balsamizando as feridas que sangram dentro d’alma, aliviando o coração. Sobretudo, estas cartas preparam o seu espírito para sentir e compreender melhor o ensinamento d’Aquele cujas palavras não passarão. Seus conceitos aclaram o raciocínio e edificam o sentimento, no esforço sagrado da iluminação, e bem sabe que a maior necessidade do homem é justamente a de luz espiritual para se identificar com o Cristo.
Pode vacilar, ante as minhas afirmativas, alegando a preparação do mundo que lhe educou as energias e lhe concedeu possibilidades materiais, as mais vastas, para enfrentar corajosamente as lutas edificadoras da vida. Mas, é indispensável considerar que sem os valores íntimos, toda a preparação do mundo torna-se ilusória. Somente na adversidade e nos perigos pode o espírito dar testemunho de sua edificação definitiva. E, na Terra, chegam sempre, tarde ou cedo, as horas do fracasso, da prova ríspida ou da separação.
Tem consciência de que se encontra realmente preparado, em face das surpresas do caminho?
Estará recebendo todas as dores como um bem? Está convicto da execução de todos os seus deveres?
Se vacila, examina o conteúdo destas cartas e ouve-lhe os apeias.

Na palavra do apóstolo Mateus (7:24-27), Jesus nos fala do homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha, tornando-a inacessível à ação destruidora das chuvas, das torrentes e dos ventos que desabam sobra o mundo.
Um dia, as chuvas das 
 lágrimas, as torrentes das paixões e os ventos das desventuras virão sobre essa casa que é o símbolo do coração. E feliz aquele que a houver construído sobre a rocha da fé viva.
Recebe, pois, meu amigo, as Cartas do Evangelho e medita. Mais do que as minhas palavras desvaliosas, elas lhe falarão do Divino Mestre, com mais calor e sabedoria, ao âmago do espírito.
E desejando-lhe todo o bem, termino aqui, com o mesmo apelo fraternal do esclarecido autor destas páginas:
“Busca vibrar no Evangelho,
Reforma-te, sem alarde.
Atende agora. Amanhã,
Talvez seja muito tarde “.
Nina Arueira
(15  de março de 1940


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O CONSOLADOR
Espírito: Emmanuel
Livro - 013 / Ano - 1941 / Editora - FEB
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Este livro, na forma de perguntas e respostas, é dividido em três partes correspondentes ao tríplice aspecto da Doutrina Espírita - Ciência, Filosofia e Religião. Sob essas diretrizes aborda vários temas relacionados com a Biologia, Física, Sociologia, Química, Psicologia e Filosofia.
Enfoca o tríplice aspecto da Doutrina Espírita com vistas a propiciar maior esclarecimento aos que buscam estudá-la. Em forma de perguntas e respostas, reúne tópicos relevantes e atuais sobre Ciência, Filosofia e Religião, tais como: radioatividade, gravitação, genética, determinismo e livre-arbítrio.

Edifício
Na reunião de 31 de Outubro de 1939, no Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, um amigo do plano espiritual lembrou aos seus componentes a discussão de temas doutrinários, por meio de perguntas nossas à entidade de Emmanuel, a fim de ampliar-se a esfera dos nossos conhecimentos.
Consultado sobre o assunto, o Espírito Emmanuel estabeleceu um programa de trabalhos a ser executado pelo nosso esforço, que foi iniciado pelas duas questões seguintes:
Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses aspectos é o maior?
“Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais. 
“A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao Céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual, que visam ao aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus-Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”
A fim de intensificar os nossos conhecimentos, relativamente ao tríplice aspecto do Espiritismo, poderemos continuar com as nossas indagações?
“Podereis perguntar, sem que possamos nutrir a pretensão de vos responder com as soluções definitivas, embora cooperemos convosco da melhor vontade. 
“Aliás, é pelo amparo recíproco que alcançaremos as expressões mais altas dos valores intelectivos e sentimentais.
“Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana. 
Além do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo, sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira. Considerada a nossa contribuição nesse conceito indispensável de relatividade, buscaremos concorrer com a nossa modesta parcela de experiência, sem nos determos no exame técnico das questões científicas, ou no objeto das polêmicas da Filosofia e das religiões, sobejamente movimentados nos bastidores da opinião, para considerarmos tão-somente a luz espiritual que se irradia de todas as coisas e o ascendente místico de todas as atividades do espírito humano dentro de sua abençoada escola terrestre, sob a proteção misericordiosa de Deus.”
As questões apresentadas foram as mais diversas e numerosas. Todos os componentes do Grupo, bem como outros amigos espiritistas de diferentes pontos, cooperaram no acervo das perguntas, ora manifestando as suas necessidades de esclarecimento íntimo no estudo do Evangelho, ora interessados em assuntos novos que as respostas de Emmanuel suscitavam.
Em seguida, o autor espiritual selecionou as questões, deu-lhes uma ordem, catalogou-as em cada assunto particularizado, e eis aí o novo livro.
Que as palavras sábias e consoladoras de Emmanuel proporcionem a todos os companheiros de doutrina o mesmo bem espiritual que nos fizeram, são os votos dos modestos trabalhadores do Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.
 
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 8 de março de 1940)


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BOA NOVA
Espírito: Humberto de Campos
Livro - 014 / Ano - 1942 / Editora - FEB
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Passagens evangélicas de expressiva beleza, em que Jesus com seus discípulos e outras conhecidas personagens trazem lições de sabedoria ao homem atual. Reúne trinta episódios que envolvem o leitor pela ternura e encanto de situações relacionadas com a presença do Cristo de Deus. O autor lembra que todas as expressões evangélicas têm, entre nós, a sua história viva.
Psicografado pelo médium Chico Xavier na década de 40, "Boa Nova" foi ditado pelo Espírito de um dos mais respeitados escritores brasileiros: Humberto de Campos. O livro é uma reunião de pequenas histórias em que Jesus e seus primeiros seguidores são os personagens principais. A cada narrativa de "Boa Nova", emoções renovadas, sobre sentimentos, grandeza moral... Afinal, são situações em que Jesus surge em sua dimensão, como amigo, filho, companheiro de viagem e educador de consciências também na convivência diária.
Na Escola do Evangelho
Oferecendo esse esforço modesto ao amigo leitor, julgo prudente endereçar-lhe uma explicação, quanto à gênese destas páginas.
Dentro delas, sou o primeiro a reconhecer que os meus temas não são os mesmos. Os que se preocupam com a expressão fenomênica da forma não encontrarão, talvez, o mesmo estilo. Em período algum, faço referências de sabor mitológico. E naqueles velhos amigos que, como eu próprio aí no mundo, não conseguem atinar com as realidades da sobrevivência, surpreendo, por antecipação, as considerações mais estranhas. Alguns perguntarão, com certeza, se fui promovido a ministro evangélico.
Semelhante administração pode ser natural, mas não será muito justa. O gosto literário sempre refletiu as condições da vida do Espírito. Não precisamos muitos exemplos para justificar a afirmação.. Minha própria atividade literária, na Terra, divide-se em duas fases essencialmente distintas. A página do Conselheiro XX é muito diversa das em que vazei as emoções novas a dor, como lâmpada maravilhosa, me fazia descobrir, no país da minhalma.
Meu problema atual não é o de escrever para agradar, mas o de escrever com proveito.
Sei quão singelo é o esforço presente; entretanto, desejo que ele reflita o meu testemunho de admiração por todos os que trabalham pelo Evangelho no Brasil.
Nas esferas mais próximas da Terra, os nossos labores por afeiçoar sentimentos, a exemplo do Cristo, são também minuciosos e intensos. Escolas numerosas se multiplicam, para os espíritos desencarnados. E eu, que sou agora um discípulo humilde desse educandário de Jesus, reconheci que os planos espirituais têm também o seu folclore. Os feitos heroicos e abençoados, muitas vezes anônimos no mundo, praticados por seres desconhecidos, encerram aqui profundas lições, em que encontramos forças novas. Todas as expressões evangélicas têm, entre nós, a sua história viva. Nenhuma delas é símbolo superficial. Inumeráveis observações sobre o Mestre e seus continuadores palpitam nos corações estudiosos e sinceros.
Dos milhares de episódios desse folclore do céu, consegui reunir trinta e trazer ao conhecimento do amigo generoso que me concede a sua atenção. Concordo em que é pouco: mas isso deve valer como tentativa útil, pois estou certo de que não me faltou o auxílio indispensável.
Hoje, não mais cogito de crer, porque sei. E aquele Mestre de Nazaré polariza igualmente as minhas esperanças. Lembro-me de que, um dia palestrando com alguns amigos protestantes, notei que classificavam a Jesus como “rocha dos séculos”. Sorri e passei, como os pretensos espíritos fortes de nossa época, aí no mundo. Hoje, porém, já não posso sorrir, nem passar. Sinto a “rocha” milenária, luminosa e sublime, que nos sustenta o coração atolado no pântano de misérias seculares. E aqui estou para lhe prestar o meu preito de reconhecimento com estas páginas simples, cooperando com os que trabalham devotadamente na sua causa divina, de luz e redenção.
Jesus vê que no vaso imundo de meu espírito penetrou uma gota de seu amor desvelado e compassivo. O homem perverso, que chegava da Terra, encontrou o raio de luz destinado à purificação de seu santuário. Ele ampara os meus pensamentos com a sua bondade sem limites. A ganga terrena ainda abafa, em meu coração, o ouro que me deu da sua misericórdia; mas, como Bartolomeu, já possuo o bom ânimo para enfrentar os inimigos de minha paz, que se abrigam em mim mesmo. Tenho a alegria do Evangelho, porque reconheço que o seu amor não me desampara. Confiado nessa proteção amiga e generosa, meu Espírito trabalha e descansa. 
Agora, para consolidar a estranheza dos que me leem, com o sabor de crítica, tão ao gosto do nosso tempo, justificando a substância real das narrativas deste livro, citarei o apóstolo Marcos, quando diz ( 4: 34 ): “E sem parábola nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus discípulos”, e o apóstolo João, quando afirmava ( 21: 25): “Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez e que, se cada uma de per si fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo poderia conter os livros que se escrevessem”.
E é só. Como se vê, não faço referência aos clássicos da literatura antiga ou contemporânea. Cito Marcos e João. É que existem Espíritos esclarecidos e Espíritos evangelizados, e eu, agora, peço a Deus que abençoe a minha esperança de pertencer ao número destes últimos.
 
Humberto de Campos
(Pedro Leopoldo, 9 de novembro de 1940)


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PAULO E ESTÊVÃO
Espírito: Emmanuel
Livro - 015 / Ano - 1942 / Editora - FEB
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Romance apontado por Chico Xavier como o mais belo e emocionante livro por ele psicografado. Recorda as lutas e testemunhas por que passou Paulo de Tarso na tarefa de divulgação do cristianismo.
Quem era Paulo de Tarso? Um fariseu fanático, obstinado perseguidor de cristãos e da nascente doutrina cristã? Ou um ser predestinado por determinação divina, que recebeu a dádiva da aparição de Jesus, em gloriosa visão às portas da cidade de Damasco, convertendo-se ao Cristianismo? A leitura deste livro nos mostrará a grandeza de Paulo de Tarso. Corajoso, intrépido e sincero que, arrependido de uma postura radical que culminou no apedrejamento de Estêvão – o primeiro mártir do Cristianismo –, humildemente empreendeu acelerada revisão de conceitos e atendeu ao chamado de Jesus. Entre perseguições, enfermidades, zombarias, desilusões, deserções de companheiros, pedradas, açoites e encarceramentos, transformou sua vida num exemplo de trabalho através de dezenas de anos de luta, empenhado em abrir igrejas cristãs e dar-lhes assistência. Em algum ponto da vida todos recebemos um chamado do Cristo. Que temos feito? PAULO E ESTÊVÃO fará você compreender como o amor apaga a multidão de faltas cometidas. 

Breve Notícia
Não são poucos os trabalhos que correm mundo, relativamente à tarefa gloriosa do Apóstolo dos gentios. É justo, pois, esperarmos a interrogativa: - Por que mais um livro sobre Paulo de Tarso? Homenagem ao grande trabalhador do Evangelho ou informações mais detalhadas de sua vida? Quanto à primeira hipótese, somos dos primeiros a reconhecer que o convertido de Damasco não necessita de nossas mesquinhas homenagens; e quanto à segunda, responderemos afirmativamente para atingir os fins a que nos propomos, transferindo ao papel humano, com os recursos possíveis, alguma coisa das tradições do plano espiritual acerca dos trabalhos confiados ao grande amigo dos gentios. Nosso escopo essencial não poderia ser apenas rememorar passagens sublimes dos tempos apostólicos, e sim apresentar, antes de tudo, a figura do cooperador fiel, na sua legítima feição de homem transformado por Jesus-Cristo e atento ao divino ministério. Esclarecemos, ainda, que não é nosso propósito levantar apenas uma biografia romanceada. O mundo está repleto dessas fichas educativas, com referência aos seus vultos mais notáveis. Nosso melhor e mais sincero desejo é recordar as lutas acerbas e os ásperos testemunhos de um coração extraordinário, que se levantou das lutas humanas para seguir os passos do Mestre, num esforço incessante. As igrejas amornecidas da atualidade e os falsos desejos dos crentes, nos diversos setores do Cristianismo, justificam as nossas intenções. Em toda parte há tendências à ociosidade do espírito e manifestações de menor esforço. Muitos discípulos disputam as prerrogativas de Estado, enquanto outros, distanciados voluntariamente do trabalho justo, suplicam a proteção sobrenatural do Céu. Templos e devotos entregam-se, gostosamente, às situações acomodatícias, preferindo as dominações e regalos de ordem material. Observando esse panorama sentimental é útil recordarmos a figura inesquecível do Apóstolo generoso. Muitos comentaram a vida de Paulo; mas, quando não lhe atribuíram certos títulos de favor, gratuitos do Céu, apresentaram-no como um fanático de coração ressequido. Para uns, ele foi um santo por predestinação, a quem Jesus apareceu, numa operação mecânica da graça; para outros, foi um espírito arbitrário, absorvente e ríspido, inclinado a combater os companheiros, com vaidade quase cruel. Não nos deteremos nessa posição extremista. Queremos recordar que Paulo recebeu a dádiva santa da visão gloriosa do Mestre, às portas de Damasco, mas não podemos esquecer a declaração de Jesus relativa ao sofrimento que o aguardava, por amor ao seu nome. Certo é que o inolvidável tecelão trazia o seu ministério divino; mas, quem estará no mundo sem um ministério de Deus? Muita gente dirá que desconhece a própria tarefa, que é insciente a tal respeito, mas nós poderemos responder que, além da ignorância, há desatenção e muito capricho pernicioso. Os mais exigentes advertirão que Paulo recebeu um apelo direto; mas, na verdade, todos os homens menos rudes têm a sua convocação pessoal ao serviço do Cristo. As formas podem variar, mas a essência ao apelo é sempre a mesma sutil, inesperadamente; a maioria, porém, resiste ao chamado generoso do Senhor. Ora, Jesus não é um mestre de violências e se a figura de Paulo avulta muito mais aos nossos olhos, é que ele ouviu, negou-se a si mesmo, arrependeu-se, tomou a cruz e seguiu o Cristo até ao fim de suas tarefas materiais. Entre perseguições, enfermidades, apodos, zombarias, desilusões, deserções, pedradas, açoites e encarceramentos, Paulo de Tarso foi um homem intrépido e sincero, caminhando entre as sombras do mundo, ao encontro do Mestre que se fizera ouvir nas encruzilhadas da sua vida. Foi muito mais que um predestinado, foi um realizador que trabalhou diariamente para a luz.
O Mestre chama-o, da sua esfera de claridades imortais. Paulo tateia na treva das experiências humanas e responde: - Senhor, que queres que eu faça? Entre ele e Jesus havia um abismo, que o Apóstolo soube transpor em decênios de luta redentora e constante. Demonstrá-lo, para o exame do quanto nos compete em trabalho próprio, a fim de ir ao encontro de Jesus, é nosso objetivo. Outra finalidade deste esforço humilde é reconhecer que o Apóstolo não poderia chegar a essa possibilidade, em ação isolada no mundo. Sem Estêvão, não teríamos Paulo de Tarso. O grande mártir do Cristianismo nascente alcançou influência muito mais vasta na experiência paulina, do que poderíamos imaginar tão-só pelos textos conhecidos nos estudos terrestres. A vida de ambos está entrelaçada com misteriosa beleza. A contribuição de Estêvão e de outras personagens desta história real vem confirmar a necessidade e a universalidade da lei de cooperação. E, para verificar a amplitude desse conceito, recordemos que Jesus, cuja misericórdia e poder abrangiam tudo, procurou a companhia de doze auxiliares, a fim de empreender a renovação do mundo. Aliás, sem cooperação, não poderia existir amor; e o amor é a força de Deus, que equilibra o Universo. Desde já, vejo os críticos consultando textos e combinando versículos para trazerem à tona os erros do nosso tentame singelo. Aos bem-intencionados agradecemos sinceramente, por conhecer a nossa expressão de criatura falível, declarando que este livro modesto foi grafado por um Espírito para os que vivam em espírito; e ao pedantismo dogmático, ou literário, de todos os tempos, recorremos ao próprio Evangelho para repetir que, se a letra mata, o espírito vivifica.
Oferecendo, pois, este humilde trabalho aos nossos irmãos da Terra, formulamos votos para que o exemplo do Grande Convertido se faça mais claro em nossos corações, a fim de que cada discípulo possa entender quanto lhe compete trabalhar e sofrer, por amor a Jesus-Cristo. 
 
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 8 de julho de 1941)


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RENÚNCIA
Espírito: Emmanuel
Livro - 016 / Ano - 1943 / Editora - FEB
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Neste romance, Emmanuel descreve a existência de Alcíone, Espírito que passa por uma encarnação de renúncias e dedicação a todos que a cercam, demonstrando heroísmo e lealdade, na frívola Paris, ao tempo do reinado de Luís XIV.
Apresenta o sacrifício de amor desse abnegado Espírito que volta à luta terrestre, juntamente com aquele por quem havia intercedido enquanto no Plano Espiritual, propondo-se a ajudá-lo nas provas, expiações e reparações de nova existência na Terra. O grande amor do passado, os acertos e desacertos desse grupo que reencarna em conjunto para novas conquistas espirituais e a dedicação amorosa da doce Alcíone servem de moldura para o desenrolar ágil e envolvente dessa trama, complicada por sentimentos violentos e inescrupulosos, alertando-nos para a ilusão da matéria ante as realidades eternas do Espírito. 
Como um presente ao leitor, Emmanuel oferece o relato de mais uma de suas encarnações no planeta, como Padre Damiano, vigário da igreja de São Vicente, em Ávila, Espanha, além de dados históricos sobre fatos que marcaram o século XVII, incluindo a Inquisição. 


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REPORTAGENS DE ALÉM-TÚMULO
Espírito: Humberto de Campos
Livro - 017 / Ano - 1943 / Editora - LAKE
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Objetiva realçar as necessidades individuais do homem perante a eternidade da vida. Através de reportagens reais de experiências de vida cotidiana, apresenta temas como caridade, enfermidade, obsessão e valor do trabalho. Demonstra que a Terra é a escola em que o Espírito evolui pelo esforço pessoal e amparo divino.
O Espírito Humberto de Campos é o repórter do Mundo Espiritual que vem noticiar em inolvidáveis páginas, salpicadas de leve e agradável humorismo - bem ao estilo e verve do autor quando encarnado - o que se passa nos bastidores desta e da outra margem da vida. No conjunto da obra, preceitua o Espiritismo como o Consolador prometido por Jesus, ressaltando a imortalidade do Espírito, entre seus princípios básicos. Destaca as necessidades individuais do ser humano perante a eternidade da vida e, através de reportagens reais de experiências da vida cotidiana, apresenta temas como: caridade, enfermidade, obsessão e valor do trabalho. Demonstra que a Terra é escola onde o Espírito evolui pelo esforço pessoal e sob o amparo divino.
Do noticiarista desencarnado
A sepultura não é a porta do céu, nem a passagem para o inferno. É o bangalô subterrâneo das células cansadas – silencioso depósito do vestuário apodrecido. 
O homem não encontrará na morte mais do que vida e, no misterioso umbral, a grande surpresa é o encontro de si mesmo. 
Falar, pois, de homens e de espíritos, como se fossem expoentes de duas raças antagônicas, vale por falsa concepção das realidades eternas. As criaturas terrenas são, igualmente, Espíritos revestidos de expressões peculiares ao planeta. Eis a verdade que o Cristianismo restaurado difundirá nos círculos da cultura religiosa.
Quanta gente aguarda a grande transição para regenerar costumes e renovar pensamentos? Entretanto, adiar a realização do bem é, sempre, menosprezar patrimônios divinos, agravando dificuldades futuras. 
Deslumbramento que invadiu as zonas de intercâmbio, entre as esferas visível e invisível, operou singulares atitudes nos aprendizes novos.
Em círculos diversos, companheiros nossos, pelo simples fato de haverem transposto os umbrais do sepulcro, são convertidos, pelos que ficaram na Terra, em oráculos supostamente infalíveis; alguns amigos, que encontraram benfeitores na zona espiritual, esquecem os serviços que lhes competem no esforço comum; médiuns necessitados de esclarecimentos são transformados em semideuses.
A alegria da imortalidade embriagou muitos estudiosos imprevidentes.
Dorme-se ao longo de trabalhos valiosos e urgentes, à espera de mundos celestiais, como se o orbe terrestre não integrasse a paisagem do Infinito.
É necessário, portanto, recordar que a existência humana é oportunidade preciosa no aprendizado para a vida eterna. Ensina-se-nos, aqui, que Espíritos protetores e perturbados, nobres e mesquinhos, podem ser encontrados nos planos visíveis e invisíveis. Cada criatura humana tem a sua cota de deveres e direitos, de compromissos e possibilidades. Zonas felizes e desventuradas permanecem nas consciências, na multiplicidade de posições mentais dos Espíritos eternos. Tanto na Terra como no Céu, a responsabilidade é lei.
Neste quadro de observações, o Consolador é a escola divina destinada ao levantamento das almas. Urge, pois, que os discípulos se despreocupem do Espiritismo dos mortos, para colocar acima de todas as demonstrações verbalistas o Espiritismo dos vivos na eternidade. 
Dentro de cada aprendiz há um mundo a desbravar.
A Terra é também a grande universidade. Ninguém despreze a luta, o sofrimento, a dificuldade, o testemunho próprio. A luz e o bem, a sabedoria e o amor, a compreensão e a fraternidade, o cérebro esclarecido e as mãos generosas dependem do esforço pessoal, antes de tudo.
O Sol ilumina o mundo, a chuva fecunda a terra, a árvore frutifica, as águas suavizam a aridez do deserto; mas o homem deve caminhar por si mesmo. As maravilhas e dádivas da Natureza superior não eximem a criatura da obrigação de seguir com o Cristo, para Deus.
Quando tantos companheiros dormem esquecendo o serviço, ou contendem por ninharias copiando impulsos infantis, trago-te, leitor amigo, estas reportagens despretensiosas – lembrança modesta de humilde noticiarista desencarnado.
As experiências relacionadas, nestas páginas singelas, falam eloquentemente de nossas necessidades individuais. Não devemos continuar na condição de meros beneficiários da Casa de Deus, reincidentes nas dívidas e falhas criminosas. A Providência nos oferece tesouros imperecíveis. O Pai repartiu a herança com magnanimidade e justiça. Não há filhos esquecidos e todos somos seus filhos. 
Trazendo-te, pois, meu esforço desvalioso, feito de coração para corações, termino afirmando que todas estas reportagens são reais e que, se os nomes das personagens obedecem à convenção da caridade, fraternal, aqui não há ficções nem coincidências. Cada história representa um caso individual, no imenso arquivo das experiências humanas, para compreensão da vida eterna.
 
Humberto de Campos
(Pedro Leopoldo, 8 de dezembro de 1942)


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CARTILHA DA NATUREZA
Espírito: Casimiro Cunha
Livro 018 / Ano - 1944 / Editora - FEB
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Obra de grande sensibilidade e beleza. Suas poesias refletem a singeleza e grandiosidade dos presentes diários oferecidos pelo Criador a toda a humanidade, manifestados sob a forma dos diferentes elementos que compõem a beleza natural do planeta. Esta cartilha ensina a "ler" a natureza circundante e a reconhecer a sua importância e a magnanimidade de Deus. Neste volume, encontram-se as poesias que apresentam a Criação Divina e sua sabedoria ao outorgar ao Sol, à plantação, à chuva, ao lago, ao vento e à flor o ensino de importantes lições de vida. Obra publicada originalmente num só volume e posteriormente desmembrada em três livros com subtemas: A Criação, A Viagem e O Trabalho.

A Grande Fazenda
"E ele repartiu por eles a fazenda." (Jesus - Lucas, 15:12)
A Natureza é a fazenda vasta que o Pai entregou a todas as criaturas. Cada pormenor do valioso patrimônio apresenta significação particular. A árvore, o caminho, a nuvem, o pó, o rio  revelam mensagens silenciosas e especiais.
É preciso, contudo, que o homem aprenda a recolher-se para escutar as grandes vozes que lhe falam ao coração.
A Natureza é sempre o celeiro abençoado de lições maternais. Em seus círculos de serviço, coisa alguma permanece sem propósito, sem finalidade justa.
Eis a razão pela qual o trabalho de Casimiro Cunha se evidencia com singular importância. O coração vibrátil e a sensibilidade apurada conchegaram-se a Jesus, para trazer aos ouvidos dos companheiros encarnados algumas notas da universal sinfonia.
Esta cartilha amorosa relaciona, em rimas singelas, alguns cânticos da fazenda divina que o Pai nos confiou. Envolvendo expressões na luz infinita do Mestre, Casimiro dá notícias das coisas simples, cheias de ensino transcendental. No relatório musicado de sua alma sensível, o milharal, o pântano, a árvore, o ribeiro, o malhadouro dizem alguma coisa de sua maravilhosa destinação, revelando sugestões de beleza sublime. É o ensino espontâneo dos elementos, o alvitre das paisagens que o hábito vulgarizou, mas se conservam repletas de lições sempre novas.
O trabalho valioso do poeta cristão dispensa comentários e considerações.
Entregando-o, pois, ao leitor amigo, não temos outro objetivo senão lembrar a fazenda preciosa que se encontra em nossas mãos.
A Natureza é o livro de páginas vivas e eternas.
Em abrindo a cartilha afetuosa de Casimiro, recordemos Aquele que veio à Terra, começando pela manjedoura; que recebeu pastores e animais como visita primeira; que foi anunciado por uma estrela brilhante; que ensinou sobre as águas, orou sobre os montes, escreveu na terra, transformou a água simples em vinho do júbilo familiar; que aceitou a cooperação de um burrico para receber homenagens do mundo; que meditou num horto, agonizou numa colina pedregosa, partiu em busca do Pai através dos braços de um lenho ríspido e ressuscitou num jardim.
Relembremos semelhantes ensinos e recebamos a fazenda do Senhor, não como filho pródigo que lhe desbaratou os bens, mas como filhos previdentes que procuram aprender sempre, enriquecendo-se de tesouros imortais.
 
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 20 de maio de 1943)


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NOSSO LAR
Espírito: André Luiz
Livro 019 / Ano - 1944 / Editora - FEB
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Nosso Lar é o nome da Colônia Espiritual que André Luiz nos apresenta neste primeiro livro de sua lavra. Em narrativa vibrante, o autor nos transmite suas observações e descobertas sobre a vida no Mundo Espiritual, atuando como um repórter que registra as suas próprias experiências. Revela-nos um mundo palpitante, pleno de vida e atividades, organizado de forma exemplar, onde Espíritos desencarnados passam por estágio de recuperação e educação espiritual supervisionado por Espíritos Superiores. 
Nosso Lar nos permite antever o Mundo Espiritual que nos aguarda, quando abandonarmos o corpo carnal pela morte física.


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OS MENSAGEIROS
Espírito: André Luiz
Livro - 020 / Ano - 1944 / Editora - FEB
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Este livro revela que a morte física descortina a vida espiritual em contínua evolução. Em cinquenta e um capítulos relata as experiências de vários espíritos que reencarnaram com trabalhos programados, necessários aos seus próprios aprimoramentos. Trata ainda de temas como: culto do Evangelho no lar, benefícios da prática do bem, invigilância e medo da morte. O autor espiritual evidencia a oportunidade de trabalho dos médiuns, alertando-os quanto à necessidade da prática dos ensinamentos na esfera íntima, a fim de se evitar o retorno ao Plano Espiritual sem o cumprimento dos compromissos assumidos.

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Espírito: André Luiz
Livro - 021 / Ano - 1945 / Editora - FEB
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Neste livro, André Luiz desvenda os segredos da reencarnação, revelando a tarefa dos Espíritos missionários encarregados do processo do renascimento. O autor espiritual fala-nos que a morte física não é o fim e destaca a importância do esforçopróprio na luta pelo autoaperfeiçoamento. Em vinte capítulos discorre sobre a continuação do aprendizado na vida espiritual, o perispírito como organização viva moldando as células materiais, a reencarnação orientada pelos Espíritos Superiores e aspectos diversos das manifestações mediúnicas. Missionários da Luz ensina que a Providência Divina concede, sempre, ao homem, novos campos de trabalho, através da renovação incessante da vida por meio da reencarnação.






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COLETÂNEA DO ALÉM
Espírito: Diversos
Livro - 022 / Ano - 1945 / Editora - FEESP
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"Coletânea do Além" é um repositório de mensagens de grande atualidade, emanadas de vários benfeitores espirituais. Páginas de marcante importância que fala bem de perto às nossas necessidades de aculturamento e assimilação de novas verdades, tão necessárias no agitado ambiente do mundo contemporâneo.
Diz Emmanuel que a criança é o futuro; e os homens de agora serão as crianças de amanhã, no processo reencarnacionista. 
Porém, hoje a infância é a humanidade futura e por isso, urge batalhar para provê-la de semeadura proveitosa. 
Este livro constitui-se de mensagens de diversos espíritos psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier que proclamam esses ensinamentos e enaltecem a urgência de sua rápida propagação.

Palavras de Amigo
Meu irmão, permaneça em seu espírito a bênção de Jesus, o nosso Divino Mestre.
Agradecemos a você que adquiriu estas páginas, em favor do nosso trabalho de assistência aos pequeninos.
obra é grande, meu amigo, e reclama companheiros de boa vontade.
Por esse motivo, com o meu reconhecimento, endereço-lhe um apelo: 
- Venha e ajude-nos! Reunamo-nos a serviço do Evangelho!
A semeadura do bem produzirá para o seu próprio benefício.
A colheita de amanhã dependerá do seu trabalho de hoje.
Em virtude de semelhante realidade, não nos alongaremos através de muitas palavras para somente repetir com Emmanuel - a criança é o futuro.
E todos nós estamos a caminho do infinito porvir...
 
Batuíra
(Pedro Leopoldo, 10 de setembro de 1945)


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LÁZARO REDIVIVO
Espírito: Irmão X
Livro - 023 / Ano - 1945 / Editora - FEB
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Eis um livro pleno de sentimento que fala direto ao coração, trata do estudo de passagens evangélicas, objetivando destacar o pensamento vivo de Jesus à luz do Espiritismo.
Através de crônicas de alto valor moral, filosófico e doutrinário, aborda temas como: intercâmbio espiritual, livre-arbítrio, materialismo e ressurreição. Ressalta que os ensinamentos do Cristo constituem o caminho seguro para a renovação da Terra.


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OBREIROS DA VIDA ETERNA
Espírito: André Luiz
Livro - 024 / Ano - 1946 / Editora - FEB
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Obreiros da Vida Eterna é um livro espírita, psicografado por Francisco Cândido Xavier e ditado pelo espírito André Luiz, editado pela FEB (Federação Espírita Brasileira) em 1946.
Neste livro, o autor espiritual comprova os princípios revelados na Doutrina Espírita sobre a existência do mundo espiritual. Onde os espíritos se demoram depois de desencarnados, vivendo uma nova vida e preparando-se para uma nova jornada terrena.
Trecho do livro, “A morte não extingue a colaboração amiga, o amparo mútuo, a intercessão confortadora, ou o serviço evolutivo. As dimensões vibratórias do Universo são infinitas, como infinitos são os mundos que povoam a Imensidade. Ninguém morre. O aperfeiçoamento prossegue em toda parte. A vida renova, purifica e eleva os quadros múltiplos de seus servidores, conduzindo-os, de maneira vitoriosa e bela, à União Suprema com a Divindade.”


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O CAMINHO OCULTO
Espírito: Veneranda
Livro - 025 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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Em 20 capítulos, o respeitado Espírito Veneranda narra história destinada ao entendimento juvenil, mostrando o caminho a seguir na direção do Reino de Deus. É uma obra referta de sensibilidade, na qual esse Espírito maternal conta o desenrolar dos esforços do menino Leonardo para captar a inspiração de Jesus. É um valioso chamado a todas as crianças para a vivência do amor e da caridade.
O Celeste Amigo
Jesus é o Celeste Amigo dos meninos. Através de todos os caminhos e circunstâncias do mundo, a criança de boa intenção pode sentir-Lhe a presença sublime. Basta que cultive a bondade no esforço diário e que guarde sincera confiança no Divino Poder, porque, então, a prece representará a escada de luz pela qual receberá a inspiração e o socorro do vigilante e compassivo Amigo do Céu.
 
Veneranda
(Pedro Leopoldo, 3 de abril de 1946)


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OS FILHOS DO GRANDE REI
Espírito: Veneranda
Livro - 026 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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Obra infanto-juvenil em que a autora espiritual, em linguagem doce e cativante, traça roteiros e sugere diretrizes para o Culto do Evangelho no Lar. 
Através da narração de cinco hipotéticas reuniões, enfoca desde a preparação, a leitura, os comentários até à prece final. 
Traz contos ilustrados que facilitam, para a mente infantil, a compreensão da mensagem do Evangelho, para que a luz do Cristo brilhe no santuário doméstico.

Jesus e os Meninos
O Divino Mestre ama as crianças com especial carinho.
Ele sabe que os meninos e meninas do presente serão pais e mães no futuro. Sabe que todos os pequeninos de hoje serão os administradores, ministros, juízes, professores, médicos, advogados, artistas, escritores, artífices, lavradores e operários de amanhã, e, por isso, simboliza neles a esperança do mundo, onde o reino de Deus será edificado.
Jesus reconhece que, se os meninos de agora quiserem, a Terra do porvir será melhor, mais sábia e mais feliz.
É por essas razões que o Divino Senhor, se aguarda a compreensão e o concurso dos homens bons, também espera a cooperação das crianças fiéis. 
 
Veneranda
(Pedro Leopoldo, 12 de abril de 1946)


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MENSAGENS DO PEQUENO MORTO
Espírito: Neio Lúcio
Livro - 027 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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Mensagem
Carlos é um rapazinho de seus catorze anos, que a morte arrebatou muito cedo à esfera física.
Recentemente internado em nossos cursos de reajustamento psíquico e preparação espiritual, revelou, desde há primeira hora, notável aplicação ao estudo e ao esforço renovador.
Dentre as preocupações mais fortes que lhe caracterizam o espírito, destaca-se o propósito de algo enviar ao irmão de nome Dirceu, inesquecido e afetuoso companheiro do teto familiar.
Para isso escreveu a mensagem que oferecemos ao jovem leitor, através da qual nosso dedicado amiguinho buscou descrever as paisagens e as emoções novas que experimentou logo após a morte do corpo físico.
É um trabalho simples, em que o coração juvenil fala mais alto que o raciocínio propriamente humano e que, por isso mesmo, não deveria circunscrever-se ao campo exclusivo do destinatário.
Por semelhante motivo, dedicamos estas páginas singelas aos nossos irmãos mais jovens. Que eles possam colher nesta mensagem carinhosa e fraterna os conhecimentos valiosos do presente, para as construções do futuro, são os nossos votos.
Neio Lúcio
(Pedro Leopoldo, 27 de julho de 1946)


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HISTÓRIA DE MARICOTA
Espírito: Casimiro Cunha
Livro 028 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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Aos Amigos Pequeninos
Meu amigo pequenino,
Que já pensa, que já lê,
Nosso Pai que está nos Céus
Tudo sabe, tudo vê.

Seu braço forte e invisível
Protege-nos, de mansinho;
Em qualquer lugar do mundo
Ninguém estará sozinho.

Muito cedo, manhãzinha,
Quando a luz do dia escorre,
Escapa você da cama
E Ele sabe o que lhe ocorre.

Escuta-lhes as orações
De graça, louvor e fé...
Vê seu pente, sua escova, sua roupa, seu café.

Ouve tudo quanto diz
À querida mamãezinha.
Segue-o, de perto, na sala,
No banheiro, na cozinha.

Acompanha-lhe, bondoso,
Os estudos e os brinquedos;
Para seus olhos divinos,
Não há sombras, nem segredos.

Observa, atentamente,
Suas palavras e ações,
No lar e na escola amiga,
Na rua e nas refeições.

Sorri, contente e feliz,
Por encontrá-lo no bem;
Mas, se você faz o mal,
Lamenta como ninguém.

Conforme agimos na vida,
Concede-nos de seus dons;
Se dá corrigenda aos maus,
Premia e conforta os bons.

Trabalhe e estude, contente,
Sem descuidos de você.
Não se esqueça, meu pequeno,
Que Deus tudo sabe e vê.
Casimiro Cunha
(Pedro Leopoldo, 14 de agosto de 1946)


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JARDIM DA INFÂNCIA
Espírito: João de Deus
Livro 029 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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Aos pequenos companheiros:
Deus fez da vida um jardim,
Fez do mundo o nosso lar,
Onde aprendemos a amar
Sua grandeza sem fim.
Em todas as direções,
Nas cidades, nos caminhos,
No campo, no mar, nos ninhos,
Há sempre grandes lições.
No prazer, no sofrimento,
Na noite longa e sombria,
Na claridade do dia,
Tudo é flor de ensinamento.
Colhamos bênçãos de luz
Nas lutas que a vida encerra...
O jardim é toda a Terra,
O jardineiro é Jesus.
João de Deus
(Pedro Leopoldo, 4 de novembro de 1946)



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VOLTA BOCAGE
Espírito: Manoel M. B. Bocage
Livro - 030 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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O grande poeta português dita para Chico Xavier uma coleção de sonetos. O livro apresenta, ainda, uma biografia acompanhada de comentários e crítica, além de vários textos de poemas seus. A obra deixa-nos em condições de entender a importância de Bocage na poesia portuguesa, criando um estilo que se destacou numa fase de indecisão da literatura portuguesa. A coletânea dos doze sonetos, acompanhada de apreciação, comentários e glossário pelo Professor L. C. Porto Carreiro Neto, focaliza assuntos como o destino do corpo e da alma, a sobrevivência do Espírito, a comunicação dos Espíritos com os homens. Mostra, também, que, no plano espiritual, a obra de Bocage continua.

Obras do nº 31 ao 40


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Espírito: André Luiz
Livro - 031 / Ano - 1947 / Editora - FEB
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Nesta obra, André Luiz focaliza aspectos da vida no Mundo Espiritual e da comunicação entre seres desencarnados e encarnados, especialmente durante o repouso do corpo físico. O autor espiritual fornece esclarecimentos sobre as causas do desequilíbrio da vida mental e apresenta os correspondentes tratamentos espirituais. Sob forma romanceada, analisa temas como aborto, epilepsia, esquizofrenia e mongolismo, destacando o socorro imediato prestado aos necessitados pelos trabalhadores invisíveis, que evitam, o quanto possível, a loucura, o suicídio e os extremos desastres morais.


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AGENDA CRISTÃ
Espírito: André Luiz
Livro - 032 / Ano - 1948 / Editora - FEB
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Legiões de companheiros procuram diretrizes, preocupados em traçar caminhos exteriores...
Estimariam
 receber do plano espiritual sugestões diretas que os elevassem às culminâncias da vitória fácil. Desejariam reajustar os negócios que lhes dizem respeito, modificar intempestivamente a atitude mental de pessoas queridas, penetrar o segredo das circunstâncias improvisadas na aplicação do livre-arbítrio alheio, à custa  de pareceres dos irmãos desencarnados, habitantes de outros círculos. Entretanto, indivíduo algum fugirá à experiência, cuja função é ensinar e melhorar sempre.
Em face de semelhante realidade, qualquer orientação sem base na harmonia íntima não passará de simples jogo de palavras, no
 serviço, muita vez louvável e benéfico, da contemporização.
O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. Eis por que, antes de tudo, é imprescindível o engrandecimento do ser, diante da vida e do Universo, invariavelmente tocados, nos menores ângulos, pelas maravilhas divina.
Como orientar acontecimentos, conduzir providências, controlar manifestações ou harmonizar elementos para determinados fins, sem equilíbrio na fonte de efeitos, situações e ocorrências, sediada em nós mesmos?
O indígena, transportado a um palácio de cultura moderna, de modo algum poderáexigir
 que  a Civilização regresse à taba para satisfazer-lhe a compreensão deficiente, cabendo-lhe, ao contrário, o dever de educar-se a fim de entender o progresso do mundo.
O astrônomo, chumbado ao solo do Planeta, não solicitará às estrelas o abandono 
 da rota que as leis cósmicas lhes assinalam no campo infinito, competindo-lhe a obrigação de aprimorar  os aparelhos de óptica, de maneira a alcançar seus objetivos, ante a grandeza celeste.
Seria infantilidade fustigar morsas sobre o foco infeccioso, a pretexto de sanar o mal. Determina a lógica a extinção daquele.
O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
Fujamos, assim, aos velhos propósitos de
 conseguir veludoso acesso aos beneficios baratos.
Inegável o imperativo da colaboração na jornada evolutiva.
Em todos os departamentos do Universo, conheceremos benfeitores e beneficiados. A própria hierarquia, para ser bem vivida, fundamentar-se-á em princípios de solidariedade.
No entanto, se não é lícito menosprezar o favor, não devemos viciar a proteção.
É compreensível o socorro sistemático à platina tenra, como é natural
  a escora destinada  ao vegetal benfeitor sobrecarregado de frutas. Nós outros, porém, afeitos à revelação da imortalidade, não somos detentores senão de conhecimentos puramente embrionários e estamos longe da superprodução nos setores do bem. Somos Espíritos humanos distanciados da inexperiência original, mas baldos de virtudes, sob a justa necessidade de iluminar a consciência, aprimorar sentimentos e aperfeiçoar qualidades individuais, para que não estejamos recebendo, em vão, as bênçãos do Senhor.
Este pequeno
 curso de Espiritualidade que André Luiz apresenta não é presunçoso ementário de recomendações rigoristas. É mensagem amiga para companheiros que reclamam diretrizes das entidades espirituais, como se o verdadeiro trabalho salvocionista residisse fora deles mesmos. Ele apresenta a palavra do nosso plano de luta, onde aprendemos que o milagre da perfeição é obra de esforço, conhecimento, disciplina, elevação, serviço e aprimoramento no templo do próprio “eu”.
Não se trata, portanto, de manual pretensioso.
Aqui, leitor amigo, você observará somente a lembrança dos antigos ensinos do Mestre, em novo acondicionamento verbal, de modo a recordarmos com ele que o Reino Divino-edificação de Deus no homem em verdade jamais surgirá no mundo por aparências exteriores.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 18 de junho de 1947)


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LUZ ACIMA
Espírito: Irmão X
Livro - 033 / Ano - 1948 / Editora - FEB
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Movimentam-se os gêneros da sombra, no fundo vale humano...
São os milenares polvos da guerra e do arrasamento a se reerguerem da cinza dos séculos, ameaçando a civilização.
Invadem países e dominam povos, devoram lares e templos, escarnecem das idéias superiores que alimentam a humanidade e separam irmãos com o gládio da morte.
Todavia, dos círculos escuros em que persevera a gritaria do mal, emerge a voz do Pastor Divino: 

“Eu, porém, vos, digo”:
Sede misericordiosa. 
Amais os vossos inimigos.
Bendizei os que 
 vos maldizem
Auxiliai os que vos odeiam.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Abençoai vossa cruz.
Ao que vos obriga a seguir mil passos, marchai com ele dois mil.
Ao que pretenda contender convosco, por roubar-vos a túnica, dai-lhe também a capa.
Perseverai no bem até ao fim.
Tende bom ânimo!”
.
Nos conflitos ideológicos da atualidade as forças perturbadoras do ódio e da separatividade conclamam, enfurecidas, em todas as direções:
- Regressemos à barbárie! desçamos às trevas!...
Mas, atentos à celeste plataforma, os verdadeiros cristãos de todas as escolas e de todos os climas, de almas unidas em torno do Mestre, repetem, contemplando os clarões do mundo futuro:
Luz acima! Luz acima! . . .
Irmão X
(Pedro Leopoldo, 14 de dezembro de 1947)


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VOLTEI
Espírito: Irmão Jacob
Livro - 034 / Ano - 1949 / Editora - FEB
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A Luta Continua
Enquanto no corpo, não formulamos a idéia exata do que seja a realidade, além da morte. Ainda mesmo quando o Espiritismo nos ajuda a pensar seriamente no assunto, debalde tentaremos calcular relativamente ao futuro, depois do sepulcro.
Os quadros sublimes ou terríveis no plano externo correspondem, de alguma sorte, nossa expectativa; contudo, os fenômenos morais, dentro de nós, são sempre fortes e inesperados.
Antes da passagem, tudo me parecia infinitamente simples!
Não passaria a morte de mera libertação do Espírito e mais nada. Seguiria nossa alma para esferas de julgamento, de onde voltaria a reencarnar, caso não se transferisse aos Mundos Felizes.
Compreendo hoje que aceitar esta fórmula seria o mesmo que menoscabar a existência humana, declarando-se que o homem apenas renascerá na Terra, respirarão ente as criaturas e, em seguida, se libertará do corpo de baixa condensação fluídica. Quantos conflitos, porém, entre o aparecimento e a desagregação do veículo carnal? quanta lição entre a infância e o declínio das forças físicas?
Reconheço, presentemente, que as dificuldades não são menores para alma liberta dos mais pesados impedimentos do plano material. Entre o ato de perder a carcaça de ossos e a iniciativa de reencarnação ou de elevação, temos o tempo, e o conteúdo desse tempo reside em nós mesmos. Quantos óbices a vencer, quantos enigmas a solucionar?
Acreditei que o fim das limitações corporais trouxesse inalterável paz ao coração, mas não é bem assim.
No fundo, em nossas organizações religiosas, somos uma espécie de combatentes prontos a batalhar a distância de nossa moradia e, quando nos julgamos de pose da vitória final, tornamos ao círculo doméstico para enfrentar, individualmente, a mesma guerra, dentro de casa. Vestimos a roupa de carne, a fim de lutar e aprender e, se muitas vezes sorvemos o desencanto da derrota, em muitas ocasiões nos sentimos triunfadores, Somos, então, filhos da turba distraída, companheiros de mil companheiros, cooperadores de mil cooperadores.
Chega, no entanto, o momento em que a morte nos reconduz à intimidade do lar anterior. E se não houve de nossa parte a preocupação de construir, aí dentro, um santuário para as determinações divinas, quantos dias gastamos na limpeza, no reajustamento, e na iluminação?
Oh! meus amigos do Espiritismo, que amamos tanto!
É para vocês - membros da grande família que tanto desejei servir - que grafei estas páginas, sem a presunção de convencer! Não se acreditem quitados com a Lei, por haverem atendido a pequeninos deveres de solidariedade humana, nem se suponham habilitados ao paraíso, por receberem a manifesta proteção de um amigo espiritual! Ajudem a si mesmos, no desempenho das obrigações evangélicas! Espiritismo não é somente a graça recebida, é também a necessidade de nos espiritualizarmos para as esferas superiores.
Falo-lhes hoje com experiência mais dilatada.
Depois de muitos anos, nas lides da Doutrina, estou recompondo a aprendizagem, a fim de não ser o companheiro inadequado ou o servo inútil. Guardem a certeza de que o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo não é apenas um conjunto brilhante de ensinamentos sublimes para ser comentado em nossas doutrinações - é o Código da Sabedoria Celestial, cujos dispositivos não podemos confundir.
Agradeço, sensibilizada, a colaboração de Emmanuel e de André Luiz, nos registros humildes de meu refazimento espiritual, nestas páginas que endereço aos irmãos de ideal e serviço.
E pedindo a Jesus nos fortaleça a todos, no trabalho a que fomos conduzidos, de modo a estendermos, além de nós, as bênçãos que nos felicitam, rogo também ajuda para mim mesmo, a fim de que a Luz Divina me esclareça e auxilie, dentro do novo caminho de trabalho e elevação, porque, se a experiência carnal amadurece e passa, a vida prossegue e a luta continua.
Irmão Jacob
(Pedro Leopoldo, 9 de fevereiro de 1948)


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ALVORADA CRISTÃ
Espírito: Neio Lúcio 
Livro - 035 / Ano - 1949 / Editora - FEB
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As páginas de Neio Lúcio, consagradas à mente juvenil em todos os padrões da experiência física, são, em verdade, valioso curso de iluminação espiritual.
Sementeira de princípios renovadores, aqui encontramos avançadas noções de justiça e bondade para a elevação da vida. E a luta terrestre, em seus fundamentos, ainda mesmo considerada no setor expiatório, resume-se na obra educativa para a eternidade.
A instrução é, sem dúvida, a milagrosa alavanca do progresso. Sem ela, perseveraria a mente humana nos resvaladouros da ignorância, confinada à miséria, à ociosidade, à indigência e ao infortúnio, através da delinqüência na praça pública e da correção na penitenciária.
Mas não basta esclarecer a inteligência, repetiremos ainda e sempre. É imprescindível aperfeiçoar o coração nos caminhos do bem.
Nero, o tirano, era discípulo de Sêneca, o filósofo.
Tito, o príncipe admirável, que costumava dizer “perdi o meu dia”, quando à noite o alcançava sem algum gesto excepcional de bondade, mandou massacrar mais de dez mil israelitas doentes, abatidos e mutilados, depois de arruinar Jerusalém.
Marco Aurélio, o imperador virtuoso e sábio, consentiu no morticínio de cristãos indefesos.
Inácio de Loiola, maravilhosamente bem-intencionado, tinha o cérebro cheio de letras quando incentivou a perseguição religiosa.
Marat, o demagogo sanguinário, era jornalista de mérito e intelectual de renome.
Todos os fazedores de guerra, ditadores e revolucionários, antigos e modernos, foram incubados no convívio de professores ilustres, de páginas científicas, de livros técnicos ou de universidades famosas.
Razão sem luz pode transformar-se em simples cálculo.
Instrução e ciência são portas de acesso à educação e à sabedoria.
Quem apenas conhece nem sempre sabe.
A cultura do espírito vai mais longe: ajuda o homem a converter-se em santuário vivo, através do qual se irradia o Poder Soberano e Misericordioso.
Necessário, pois, semear pensamentos enobrecedores e santificantes, amparando a mente que recomeça a lição de aprimoramento individual.
Esquecer a infância e a juventude será desprezar o futuro.
Regozijando-nos, assim, com a tarefa do amigo que nos doou estas páginas, cheias de sentimento paternal e de idealismo superior, saudamos, em companhia dele, a alvorada sublime de amor e paz, que resplandece, com Jesus, para a Terra de amanhã, regenerada e feliz.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 21 de junho de 1948)


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CAMINHO, VERDADE E VIDA
Espírito: Emmanuel
Livro - 036 / Ano - 1949 / Editora - FEB
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Interpretação dos Textos Sagrados
"Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação." - (II Pedro, 1:20)
Jesus é o caminho, a Verdade e a Vida. Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos.
Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra. Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram que avivar-lhes a grandeza. Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida.
O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados.
Cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas; todavia, é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmo, ao contacto do Mestre Divino. Ele é o Amigo Generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior para a vida eterna.
No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo (1), sem qualquer pretensão a exegese.
Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns.
Muitos amigos estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem. Em certas passagens, extraímos daí somente frases pequeninas, proporcionando-lhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram.
Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou dos seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida. A lição do Mestre, além disso, não constitui tão-somente um impositivo para os misteres da adoração. O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. Toda Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino.
Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas transformando os ensinos do Senhor em relíquea morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converte-lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, um livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradoras de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal.
Embora esclareça nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes.
Que fazer? Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral.
Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio.
Quanto ao mais, consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação."
(1)  Algumas destas páginas, já publicadas na imprensa espiritista cristã, foram por nós revistas e simplificadas para maior clareza de interpretação.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 2 de setembro de 1948)


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LIBERTAÇÃO
Espírito: André Luiz
Livro - 037 / Ano - 1949 / Editora - FEB
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Em emocionante narrativa, André Luiz destaca o trabalho dos Espíritos Superiores no esforço de conversão ao bem do Espírito Gregório, que culmina com o inesquecível reencontro com sua mãe, Espírito de escol, rendendo-se ao chamamento irresistível do Amor.
Propicia também o conhecimento dos processos da ação dos Espíritos infelizes, procurando envolver os homens em seus procedimentos.
O autor espiritual informa sobre a intercessão realizada pelos Espíritos Superiores em benefício dos homens, dando da misericórdiam divina que concede a todos abençoada oportunidade de libertação pelo estudo, pelo trabalho, e pelo perseverante serviço na prática do bem.


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JESUS NO LAR
Espírito: Neio Lúcio
Livro 038 / Ano - 1950 / Editora - FEB
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Para a generalidade dos estudiosos, o Cristo permanece tão-somente situado na História, modificando o curso dos acontecimentos políticos do mundo; para a maioria dos teólogos, é simples objeto de estudo, nas letras sagradas, imprimindo novo rumo às interpretações da fé; para os filósofos, é o centro de polêmicas infindáveis, e, para a multidão dos crentes inertes, é o benfeitor providencial nas crises inquietantes da vida comum.
Todavia, quando o homem percebe a grandeza da Boa Nova, compreende que o Mestre não é apenas o reformador da civilização, o legislador da crença, o condutor do raciocínio ou o doador de facilidades terrestres, mas também, acima de tudo, o renovador da vida de cada um.
Atingindo esse ápice do entendimento, a criatura ama o templo que lhe orienta o modo de ser; contudo, não se restringe às reuniões convencionais para as manifestações adorativas e, sim, traz o Amigo Celeste ao santuário familiar, onde Jesus, então, passa a controlar as paixões, a corrigir as maneiras e a inspirar as palavras, habilitando o aprendiz a traduzir-lhe os ensinamentos eternos através de ações vivas, com as quais espera o Senhor estender o divino reinado da paz e do amor sobre a Terra.
Quando o Evangelho penetra o Lar, o coração abre mais facilmente a porta ao Mestre Divino.
Neio Lúcio conhece esta verdade profunda e consagra aos discípulos novos algumas das lições do Senhor no círculo mais íntimo dos apóstolos e seguidores da primeira hora.
Hoje, que quase vinte séculos são já decorridos sobre as primícias da Boa Nova, o domicílio de Simão se transformou no mundo inteiro...
Jesus continua falando aos companheiros de todas as latitudes. Que a sua voz incisiva e doce possa gravar no livro de nossa alma a lição renovadora de que carecemos à frente do porvir, convertendo-nos em semeadores ativos de seu infinito amor, é a felicidade maior a que poderemos aspirar.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 3  de outubro de 1949)


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PÃO NOSSO
Espírito: Emmanuel
Livro 039 / Ano - 1950 / Editora - FEB
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Este é um dos quatro livros da excelente série* elaborada pelo Espírito Emmanuel, que objetiva orientar os espíritas para a vivência dos princípios cristãos, buscando nas lições de Jesus a inadiável transformação interior. Em 180 capítulos, são luminosamente comentados numerosos versículos do Novo Testamento, sobressaindo em todas as páginas a profundeza dos conceitos e a leveza da forma com que foram moldados. O autor espiritual mostra o Espiritismo devidamente embasado pelas lições do Evangelho, como oportunidade de serviço e edificação do ser humano que almeja a renovação da mente. "Pão Nosso" é alimento do Espírito, fortalecendo-o para as lutas do dia-a-dia. * Pão Nosso - Vinha de Luz - Caminho, Verdade e Vida (Edições FEB)


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NOSSO LIVRO
Espírito: Diversos
Livro - 040 / Ano - 1950 / Editora - LAKE
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O grande poeta português dita para Chico Xavier uma coleção de sonetos. O livro apresenta, ainda, uma biografia acompanhada de comentários e crítica, além de vários textos de poemas seus. A obra deixa-nos em condições de entender a importância de Bocage na poesia portuguesa, criando um estilo que se destacou numa fase de indecisão da literatura portuguesa. A coletânea dos doze sonetos, acompanhada de apreciação, comentários e glossário pelo Professor L. C. Porto Carreiro Neto, focaliza assuntos como o destino do corpo e da alma, a sobrevivência do Espírito, a comunicação dos Espíritos com os homens. Mostra, também, que, no plano espiritual, a obra de Bocage continua.




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Espírito: Irmão X
Livro - 041 / Ano - 1951 / Editora - FEB
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Inspirado na mensagem da Boa Nova, o Espírito Humberto de Campos, sob o pseudônimo de Irmão X, traz-nos, com linguagem clara e direta, interessantes casos da vida real, emoldurados por inquestionável valor moral.
Objetiva o despertamento do ser humano para os verdadeiros valores do Espírito, fazendo despretensioso alerta a nós, Espíritos encarnados, para que vigiemos a nossa conduta nas lutas do cotidiano.
Reúne uma coleção de pontos e contos, alguns dos quais talvez lhe pareça, caro leitor, dirigidos especialmente a você. No entanto, o autor espiritual ressalva que “se houver alguma semelhança entre estes pontos e contos com algum episódio de sua própria vida, acredite você que isso não passa de mera coincidência”.


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FALANDO À TERRA
Espírito: Diversos
Livro - 042 / Ano - 1951 / Editora - FEB
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Falando ao coração humano, quarenta Espíritos - que na Terra foram nomes ilustres nas letras, na política, na ciência, na filosofia, na religião, no Espiritismo - tecem admiráveis considerações sobre a vida,antes e após a morte. Todas as mensagens assinalam o cunho pessoal, o estilo inconfundível e os pendores de cada comunicante. Preciosos ensinamentos estão contidos nesta obra, que apresenta orientações e informações sobre o comportamento humano, bem como valiosas instruções àqueles que se esforçam em promover o próprio adiantamento moral, para não se, confrontarem, quando despidos da vestimenta carnal, com o aguilhão do arrependimento. Ao final da obra, o leitor encontrará resumidos dados biográficos dos autores espirituais.


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PÁGINAS DO CORAÇÃO
Espírito: Irmã Candoca
Livro - 043 / Ano - 1951 / Editora - LAKE
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As mensagens de nossa irmã Cândida são “Páginas do Coração” renovado em Jesus.
Das suas cartas de amor irradia-se claridade consoladora do Evangelho em todas as direções.
Conversando afetuosamente com seu companheiro de lutas, fala-nos a todos, no caminho de nossas próprias experiências.
Em sua palavra, temos a instrutora benevolente, a irmã dos sofredores e dos trisites...
Jardineira devotada ao bem, das suas mãos fraternas nasce abençoada sementeira, de reconforta e fé. Estendê-la à estrada imensa de quem luta e sofre, pelo aperfeiçoamento próprio ou pela melhoria do mundo e da vida, é nosso
 dever.
Que o Senhor lhe abençoe o
 trabalho edificamente, em nosso favor, a fim de que o seu verbo iluminado prossiga esclarecendo e reconfortando, semeando bom ânimo e luz, fortalecimento e esperança em nossa jornada para a Terra, melhor, são os nossos votos.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo, 19  de agosto de 1951)


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VINHA DE LUZ
Espírito: Emmanuel
Livro - 044 / Ano - 1952 / Editora - FEB
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Este livro é um convite à prática do evangelho, endereçada àqueles que anseiam pela renovação de suas vidas, aos que já compeenderam que a existência na Terra, não é mais do que um estágio do espírito em evolução. Diz o autor que "nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de insulamento, de prazerbarato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras... O discípulo de Jesus, porém - aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitôria - pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre... O Evangelho é o Sol da imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo. Esta obra faz parte de um conjunto* de extraordinário valor moral e doutrinário que vale a pena ser conhecido por todos os que se interessam pelos ensinos evangélicos. * Vinha de Luz - Caminho, Verdade e Vida - Fonte Viva - Pão Nosso (Edições FEB).


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PÉROLAS DO ALÉM
Espírito: Diversos
Livro - 045 / Ano - 1952 / Editora - FEB
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Apresenta-se sob forma de dicionário, dispondo vocábulos em ordem alfabética e citando o número indicativo ao título do livro relacionado com a fonte de consulta. Compila termos como: aborto, ciúme, feminismo, mediunidade e política. Afirma que os livros psicografados pelo médium mineiro constituem a "enciclopédia de Espiritismo" repleta de sublimes pensamentos e extraordinários ensinos.
Eis aqui - caro leitor - uma coletânea de pensamentos extraídos de 42 obras mediúnicas de Francisco Cândido Xavier, catalogadas alfabeticamente de acordo com os assuntos, possibilitando identificar, de maneira rápida e fácil, as fontes literárias onde foram colhidas. 
Compila termos como: aborto; ciúme; feminismo; mediunidade; pensamento; política, e mais 448 sobre variados temas, todos de real interesse. 
É, assim, um verdadeiro dicionário de substanciosos ensinamentos de que nos podemos servir para nossas meditações e também para instruir palestras e escritos doutrinários.


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ROTEIRO
Espírito: Emmanuel
Livro - 046 / Ano - 1952 / Editora - FEB
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Definindo Rumos
Em verdade, meu amigo, terás encontrado no Espiritismo a tua renovação mental.
O fenômeno terá modificado as tuas convicções.
As conclusões filosóficas alteraram, decerto, a tua visão do mundo.
Admites, agora, a imortalidade do ser.
Sentes a excelsitude do teu próprio destino.
Mas se essa transformação da inteligência não te reergue o coração com o aperfeiçoamento íntimo, se os princípios que abraças não te fazem melhor, à frente dos nossos irmãos da Humanidade, para que te serve o conhecimento? Se uma força superior te não educa as emoções, se a cultura te não dirige para a elevação do caráter e do sentimento, que fazes do tesouro intelectual que a vida te confia?
Não vale o intercâmbio, somente pelo capricho atendido.
A expressão gritante do inabitual pode estar vazia de substância.
A ventania impetuosa que varre o solo, com imenso alarido, costuma gerar o deserto, enquanto que o rio silencioso e simples garante a floresta e a cidade, os lares e os rebanhos. 
Se procuras contacto com o plano espiritual, recorda que a morte do corpo não nos santifica. Além do túmulo, há também sábios e ignorantes, justos e injustos, corações no céu e consciências no inferno purgatorial . . .
As excursões no desconhecido reclamam condutores.
O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
Não te afastes dEle.
Registrarás sublimes narrações do Infinito na palavra dos grandes orientadores, ouvirás muitas vozes amigas que te lisonjearão a personalidade, escutarás novidades que te arrebatam ao êxtase, entretanto, somente com Jesus no Evangelho bem vivido é que reestruturaremos a nossa individualidade eterna para a sublime ascensão à Consciência do Universo.
Estas páginas despretensiosas constituem um apelo à congregação de nossas forças em torno do Cristo, nosso Mestre e Senhor.
Sem a Boa Nova, a nossa Doutrina Consoladora será provavelmente um formoso parque de estudos e indagações, discussões e experimentos, reuniões e assembléias, louvores e assombros, mas a felicidade não é produto de deduções e demonstrações.
Busquemos, pois, com o Celeste Benfeitor a lição da mente purificada, do coração aberto à verdadeira fraternidade, das mãos ativas na prática do bem e o Evangelho nos ensinará a encontrar no Espiritismo o caminho de amor e luz para a Alegria Perfeita.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo , 10 de junho de 1952)


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PAI NOSSO
Espírito: Meimei
Livro - 047 / Ano - 1952 / Editora - FEB
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Meimei não é somente valorosa missionária do bem e da luz, em nosso círculo de ação, mas também devotada orientadora de crianças e que se desvela, no mundo espiritual, pela formação da mente infantil à claridade do Evangelho Redentor.
Colocando a sensibilidade a serviço da inteligência, em seu formoso ideal de servir, tomou a prece dominical e, com ela, compôs o delicado poema de comentários e contos, lendas e observações que vamos ler, recordando as lições inesquecíveis do nosso Divino Mestre.
Para todas as situações difíceis e para todos os problemas da luta humana encontrou na oração do Senhor um ensino e uma solução, um apontamento e uma bênção, oferecendo-os às crianças, nestas páginas que constituem fragmentos luminosos do seu coração, em forma de letras.
Que Deus lhe multiplique as energias, na plantação do bem, e que os raios de amor da sua abençoada maternidade espiritual se irradiem, com crescentes fulgurações, por toda a parte, em favor dos pequeninos, são os nossos votos.
Emmanuel
(Pedro Leopoldo , 12 de junho de 1952)


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CARTAS DO CORAÇÃO
Espírito: Diversos
Livro 048 / Ano - 1952 / Editora - LAKE
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Mensagens de saudade, consolo e carinho dos que foram além do largo oceano da morte e que ansiavam por se comunicar com os parentes amados que por aqui continuaram a cumprir seu destino - com o estilo afetuoso do mestre de Uberaba.
Nas páginas dessa obra se encontram mensagens de saudade e carinho de quantos atravessaram o imenso mar da morte, ansiosos por se revelarem aos entes amados, que deixaram à retaguarda, e aos quais precederam na grande viagem da vida.


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GOTAS DE LUZ
Espírito: Casimiro Cunha
Livro 049 / Ano - 1953 / Editora - FEB
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O título deste livro condiz com seu alto valor doutrinário. São realmente gotas de luz a clarear-nos a estrada que todos palmilhamos. 
Através de trovas o autor espiritual aborda temas como: caridade, esperança, hábitos, perdão, trabalho e vigilância, conclamando-nos à prática dos ensinamentos de Jesus na busca contínua do nosso auto-aperfeiçoamento. 


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AVE CRISTO
Espírito: Emmanuel
Livro - 050 / Ano - 1953 / Editora - FEB
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Conduzindo o leitor ao terceiro século da Cristianismo, esta obra, ditada ao Francisco Cândido Xavier pelo Espírito Emmanuel, traz aos cristãos de hoje o valoroso exemplo de simplicidade, confiança e amor com que os pioneiros da Boa Nova se entregaram ao serviço do Divino Mestre, tendo por sustentá-los os recursos de uma poderosa e inquebrantável fé. Em lances comoventes, é narrada a história de duas almas, Quino Varro e Ticiano, ligadas por várias reencarnações, na qual podemos sentir o quanto pode realizar o verdadeiro amor, em suas manifestações de solidariedade a bem das criaturas humanas. 1ª Edição especial comemorativa.

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