A segunda morte – perda do veículo perispiritual
De
volta ao domicilio de Gregório, fomos transferidos da cela trevosa para um
aposento de janelas gradeadas, onde tudo desagradava à vista. Certo, devíamos a
mudança ao resultado encorajador que alcançáramos nas operações seletivas, mas,
em verdade, ainda aí, nos achávamos em autêntico pardieiro. De qualquer modo,
era para nós imenso consolo contemplar algumas estrelas, através do nevoeiro
que assaltava a paisagem noturna.
O
Instrutor, versado em expedições idênticas à nossa, recomendou-os não tocar os
varões de metal que nos impediam a retirada, esclarecendo se achavam imantados
por forças elétricas de vigilância e acentuando que a nossa condição ainda era
de simples prisioneiros.
Aproximamo-nos,
porém, das janelas que nos comunicavam com o exterior e reparei que o espetáculo
era digno de estudo.
Grande
movimento na via pública, congregando vários grupos de criaturas, em
conversação não longe de nós.
Os
diálogos e entendimentos surpreendiam. Quase todos se referiam à esfera carnal.
Questões
minuciosas e pequeninas da vida particular eram analisadas com inequívoco
interesse; contudo, as notas dominantes caíam no desequilíbrio sentimental e
nas emoções primárias da experiência física.
Percebi
diferentes expressões nos “halos vibratórios” que revestiam a personalidade dos
conversadores, através das cores de variação típica.
Dirigi-me
a Gúbio, buscando-lhe oportuno esclarecimento.
— Não
mediste, ainda — respondeu, prestimoso — a extensão do intercâmbio entre
encarnados e desencarnados. A determinadas horas da noite, três quartas partes
da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas
de contacto conosco e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela
influência natural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração
qual este em que nos movimentamos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes se
forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes
têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e
constante dos Espíritos protetores que se desvelam pelos homens no labor
sacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob a égide do
Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam as criaturas.
De
alma voltada para as noções da vida imensa que o ambiente sugeria, rememorei o
curso incessante das civilizações. Pensamentos mais altos clarearam-me os
raciocínios. A Bondade do Senhor não violenta o coração. O Reino Divino nascerá
dentro dele e, à maneira da semente de mostarda que se liberta dos envoltórios
inferiores, medrará e crescerá gradativamente, sob os impulsos construtivos do
próprio homem.
Que
temerária concepção a de um paraíso fácil!
Gúbio
percebeu-me a posição mental e falou em socorro de minhas pobres reflexões
intimas:
— Sim,
André, a coroa da sabedoria e do amor é conquistada por evolução, por esforço,
por associação da criatura aos propósitos do Criador. A marcha da Civilização
é lenta e dolorosa. Formidandos atritos se fazem indispensáveis para que o
espírito consiga desenvolver a luz que lhe é própria. O homem encarnado vive
simultaneamente em três planos diversos. Assim como ocorre à árvore que se
radica no solo, guarda ele raizes transitórias na vida física; estende os
galhos dos sentimentos e desejos nos círculos de matéria mais leve, quanto o
vegetal se alonga no ar; e é sustentado pelos princípios sutis da mente, tanto
quanto a árvore é garantida pela própria seiva. Na árvore, temos raiz, copa e
seiva por três processos diferentes de manutenção para a mesma vida e. no
homem, vemos corpo denso de carne, organização perispirítica em tipo de matéria
mais rarefeita e mente, representando três expressões distintas de base vital,
com vistas aos mesmos fins.
Segundo
observamos, o homem exige para sustentar-se, no quadro evolucionário,
segurança relativa no campo biológico, alimento das emoções que lhe são
próprias nas esferas de vida psíquica que se afinam com ele e base mental no
mundo íntimo. A vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um. A
inteligência caída precipita-se, despenhadeiro abaixo, encontrando sempre, nos
círculos inferiores que elege por moradia, milhões de vidas inferiores, junto
às quais é aproveitada pela Sabedoria Celestial para maior glorificação da obra
divina. Na economia do Senhor, coisa alguma se perde e todos os recursos são
utilizados na química do Infinito Bem. Aqui mesmo, nesta cidade, tínhamos, a
princípio, autêntico império de vidas primitivas que, pouco a pouco, se fêz
ocupado por extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis.
Entrincheiraram-se nestes sítios, guardando o louco propósito de hostilizar a
Bondade Excelsa, e exercem funções úteis junto a enorme agrupamento de
criaturas, ainda sub-humanas, não obstante atenderem a serviço que para nós
outros seria presentemente insuportável. Usam a violência em largas doses, todavia,
no curso dos anos, a influenciação intelectual delas trará grandes benefícios
aos oprimidos de agora e estejamos convictos de que, apesar de blasonarem
inteligência e poder, permanecerão nos postos que ocupam apenas enquanto
perdurar o consentimento da Divina Direção, atento ao princípio que determina
tenha cada assembléia o governo que merece.
O
Instrutor confiou-Se a pausa mais longa e concentrei minha atenção numa dupla
feminina que conversava rente à grade.
Certa
mulher já desencarnada dizia para a companheira, ainda presa à experiência
física, parcialmente liberta nas asas do sono:
—
Notamos que você, ultimamente, anda mais fraca, mais serviçal... Estará
desencantada, quanto aos compromissos assumidos?
A
interpelada explicou um tanto confundida:
—
Acontece que João se filiou a um círculo de preces, o que, de alguma sorte, nos
vem alterando a vida.
A
outra deu um salto à retaguarda, ao modo de um animal surpreendido e gritou:
—
Orações? Você está cega quanto ao perigo que isso significa? Quem reza cai na
mansidão. É necessário espezinhá-lo, torturá-lo, feri-lo, a fim de que a
revolta o mantenha em nosso círculo. Se ganhar piedade, estragar-nos-á o plano,
deixando de ser nosso instrumento na fábrica.
A interlocutora,
no entanto, observou ingênua:
— Ele
se diz mais calmo, mais confiante...
—
Marina — obtemperou a outra, intempestiva —, você sabe que não podemos fazer
milagres e não é justo aceitar regras e intrujices de espíritos acovardados
que, a pretexto de fé religiosa, se arvoram em ditadores de salvação.
Precisamos de seu marido e de muitas outras pessoas que a ele se agregam em
serviço e em nosso nível, O projeto é enorme e interessante para nós. Já
esqueceu quanto sofremos? Eu, de mim mesma, tenho duras lições por retribuir.
E
batendo-lhe esquisitamente nos ombros, acentuava:
Não
admita encantamentos espirituais. A realidade é nossa e cabe-nos aproveitar o
ensejo, integralmente. Volte para o corpo e não ceda um milímetro. Corra com os
apóstolos improvisados. Fazem-nos mal. Prenda João, controlando-lhe O tempo.
Desenvolva serviço eficiente e não o liberte. Fira-o devagarinho. O desespero
dele chegará, por fim, e, com as forças da insubmissão que forem exteriorizadas
em nosso favor, alcançaremos os fins a que nos propomos. Nada de transigência.
Não se atemorize com promessas de inferno ou céu depois da morte. Em toda parte
a vida é aquilo que fazemos dela.
Boquiaberto
com o que me era dado perceber, reparei que a entidade astuta e vingativa
envolvia a interlocutora em fluidos sombrios, à maneira dos Hipnotizadores
Comuns.
Enderecei
olhar interrogativo ao nosso orientador que, após haver atenciosamente acompanhado
a cena, informou prestimoso:
— A
obsessão desse teor apresenta milhões de casos. De manhãzinha, na Esfera da
Crosta, essa pobre mulher, vacilante na fé, incapaz de apreciar a felicidade
que o Senhor lhe concedeu num casamento digno e tranquilo, despertará no
corpo, de alma desconfiada e abatida. Oscilando entre o “crer” e o “não crer”
não saberá polarizar a mente na confiança com que deve enfrentar as
dificuldades do caminho e aguardar as manifestações santificantes do Alto e,
em face da incerteza intima, em que se lhe caracterizam as atitudes,
demorar-se-á imantada a essa irmã ignorante e infeliz, que a persegue e
subjuga para conseguir deplorável vingança. Converter-se-á, por isso, em objeto
de acentuada aflição para o esposo e suas conquistas incipientes periclitarão.
— Como
se libertaria de semelhante inimiga? — perguntou Elói, interessado.
—
Mantendo-Se num padrão de firmeza superior, com suficiente disposição para o
bem. Com esse esforço, nobre e contínuo, melhoraria intensivamente os seus
princípios mentais, afeiçoando-os ás fontes sublimes da vida e, ao invés de
converter-se em material absorvente das irradiações enfermiças e depressivas,
passaria a emitir raios transformadores e construtivos, em beneficio de si
mesma e das entidades que se lhe aproximam do caminho. Em todos os quadros do
Universo, somos satélites uns dos outros, Os mais fortes arrastam os mais
fracos, entendendo-se, porém, que o mais frágil de hoje pode ser a potência
mais alta de amanhã, conforme nosso aproveitamento individual. Expedimos raios
magnéticos e recebemo-los ao mesmo tempo. É imperioso reconhecer, todavia, que
aqueles que se acham sob o controle de energias cegas, acomodando-se aos golpes
e sugestões da força tirânica, emitidos pelas inteligências perversas que os
assediam, demoram-se, longo tempo, na condição de aparelhos receptores da
desordem psíquica. Muito difícil reajustar alguém que não deseja reajustar-se.
A ignorância e a rebeldia são efetivamente a matriz de sufocantes males.
Ante o
intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às
personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras.
Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um
crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Algumas denunciavam
movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual;
outras, contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas ao halo
vital das personalidades em movimento.
Fixei,
demoradamente, o quadro, com a perquirição do laboratorista diante de formas
desconhecidas.
Grande
número de entidades em desfile nas vizinhanças da grade, transportavam essas
esferas vivas, como que imantadas às irradiações que lhes eram próprias.
Nunca
havia observado, antes, tal fenômeno.
Em
nossa colônia de residência, ainda mesmo em se tratando de criaturas perturbadas
e sofredoras, o campo de emanações era sempre normal. E quando em serviço, ao
lado de almas em desequilíbrio, na Esfera da Crosta, nunca vira aquela
irregularidade, pelo menos quanto me fora, até ali, permitido observar.
Inquieto,
recorri ao Instrutor, rogando-lhe ajuda.
—
André — respondeu ele, circunspecto, evidenciando a gravidade do assunto — Compreendo-te
o espanto. Vê-se, de pronto, que és novo em serviços de auxílio. Já ouviste
falar, de certo, numa “segunda morte”
— Sim
— acentuei —, tenho acompanhado vários amigos à tarefa reencarnacionista,
quando, atraídos por imperativos de evolução e redenção, tornam ao corpo de
carne. De outras vezes, raras aliás, tive notícias de amigos que
perderam o veículo perispiritual (1), conquistando planos mais altos.
A esses missionários, distinguidos por elevados títulos na vida superior, não
me foi possível seguir de perto.
Gúbio
sorriu e considerou:
—
Sabes, assim, que o vaso perispirítico é também transformável e perecível,
embora estruturado em tipo de matéria mais rarefeita.
—
Sim... — acrescentei reticencioso, em minha sede de saber.
—
Viste companheiros — prosseguiu o orientador —, que se desfizeram dele, rumo a
esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e
observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos
elementos perispiríticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são
servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os
segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por
valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis
desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos
também perdem, um dia, a forma perispiritual.
Pela
densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e
gravitam em derredor das paixões absorventes que por muitos anos elegeram em
centro de interesses fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias
mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes
associaram nos crimes. Se o discípulo de Jesus se mantém ligado a Ele, através
de imponderáveis fios de amor, inspiração e reconhecimento, os pupilos do ódio
e da perversidade se demoram unidos, sob a orientação das inteligências que os
entrelaçam na rede do mal. Enriquecer a mente de conhecimentos novos,
aperfeiçoar-lhe as faculdades de expressão, purificá-la nas correntes
iluminativas do bem e engrandecê-la com a incorporação definitiva de princípios
nobres é desenvolver nosso corpo glorioso, na expressão do apóstolo Paulo, estruturando-o
em matéria sublimada e divina. Essa matéria, André, é o tipo de veículo a que
aspiramos, ao nos referirmos à vida que nos é superior. Estamos ainda presos
às aglutinações celulares dos elementos físio-perispiríticos, tanto quanto a
tartaruga permanece algemada à carapaça. Imergimo-nos dentro dos fluidos
carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências numerosas,
até que acordemos a vida mental para expressões santificadoras. Somos quais
arbustos do solo planetário. Nossas raízes emocionais se mergulham mais ou
menos profundamente nos círculos da animalidade primitiva. Vem a foice da morte
e sega-nos os ramos dos desejos terrenos; todavia, nossos vínculos guardam
extrema vitalidade nas camadas inferiores e renascemos entre aqueles mesmos
que se converteram em nossos associados de longas eras, através de lutas
vividas em comum, e aos quais nos agrilhoamos pela comunhão de interesses da
linha evolutiva em que nos encontramos.
As
elucidações eram belas e novas aos meus ouvidos, e, em razão disso, calei as
interrogações que me vagueavam no íntimo, para atenciosamente registrar as
considerações do Instrutor, que prosseguiu:
— A
vida física é puro estágio educativo, dentro da eternidade, e a ela ninguém é
chamado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, à moldagem viva do
céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades recebidas
no aprimoramento de nossos valores mentais, com o desabrochar e evolver das
sementes divinas que trazemos conosco. O trabalho incessante para o bem, a
elevação de motivos na experiência transitória, a disciplina dos impulsos
pessoais, com amplo curso às manifestações mais nobres do sentimento, o esforço
perseverante no infinito bem, constituem as vias de crescimento mental, com
aquisição de luz para a vida imperecível. Cada criatura nasce na Crosta da
Terra para enriquecer-se através do serviço à coletividade. Sacrificar-se é
superar-se, conquistando a vida maior. Por isto mesmo, o Cristo asseverou que o
maior no Reino Celeste é aquele que se converter em servo de todos. Um homem
poderá ser temido e respeitado no Planeta pelos títulos que adquiriu à
convenção humana, mas se não progrediu no domínio das idéias, melhorando-se e
aperfeiçoando-se, guarda consigo mente estreita e enfermiça. Em suma, ir à
matéria física e dela regressar ao campo de trabalho em que nos achamos
presentemente, é submetermo-nos a profundos choques biológicos, destinados à
expansão dos elementos divinos que nos integrarão, um dia, a forma gloriosa.
E
porque me visse na atitude do aprendiz que interroga em silêncio, Gúbio
asseverou:
— Para
fazer-me mais claro, voltemos ao símbolo da árvore, O vaso físico é o vegetal,
limitado no espaço e no tempo, o corpo perispirítico é o fruto que
consubstancia o resultado das variadas operações da árvore, depois de certo
período de maturação, e a matéria mental é a semente que representa o substrato
da árvore e do fruto, condensando-lhes as experiências. A criatura para adquirir
sabedoria e amor renasce inúmeras vezes, no campo fisiológico, à maneira da
semente que regressa ao chão. E quantos se complicam, deliberadamente,
afastando-se do caminho reto na direção de zonas irregulares em que recolhem
experimentos doentios, atrasam, como é natural, a própria marcha, perdendo
longo tempo para se afastarem do terreno resvaladiço a que se relegaram,
ligados a grupos infelizes de companheiros que, em companhia deles, se
extraviaram através de graves compromissos com a leviandade ou com o
desequilíbrio. Compreendeste, agora?
Apesar
da gentileza do orientador, que fazia o possível por clarear o seu pensamento,
ousei indagar:
— E se
consultarmos esses esferóides vivos? Ouvir-nos-ão? Possuem capacidade de
sintonia?
Gúbio
atendeu solícito:
—
Perfeitamente, compreendendo-se, porém, que a maioria das criaturas, em
semelhante posição nos sítios inferiores quanto este, dormitam em estranhos
pesadelos. Registram-nos os apelos, mas respondem-nos, de modo vago, dentro da
nova forma em que se segregam, incapazes que são, provisoriamente, de se
exteriorizarem de maneira completa, sem os veículos mais densos que perderam,
com agravo de responsabilidade, na inércia ou na prática do mal. Em verdade,
agora se categorizam em conta de fetos ou amebas mentais, mobilizáveis,
contudo, por entidades perversas ou rebeladas. O caminho de semelhantes
companheiros é a reencarnação na Crosta da Terra ou em setores outros de vida
congênere, qual ocorre à semente destinada à cova escura para trabalhos de
produção, seleção e aprimoramento. Claro que os Espíritos em evolução natural
não assinalam fenômenos dolorosos em qualquer período de transição, como o que
examinamos. A ovelha que prossegue, firme, na senda justa, contará sempre com
os benefícios decorrentes das diretrizes do pastor; no entanto, as que se
desviam, fugindo à jornada razoável, pelo simples gosto de se entregarem à
aventura, nem sempre encontrarão surpresas agradáveis ou construtivas.
O
orientador silenciou por momentos e perguntou, em seguida:
—
Entendeste a importância de uma existência terrestre?
Sim,
entendia, por experiência própria, o valor da vida corporal na Crosta
Planetária; contudo, ali, diante dos esferóides vivos, tristes mentes humanas
sem apetrechos de manifestação, meu respeito ao veículo de carne cresceu de
modo espantoso. Alcancei, então, com mais propriedade, o sublime conteúdo das
palavras do Cristo: “andai, enquanto tendes luz”. O assunto era fascinante e
tentei Gúbio a examiná-lo, mais detidamente; todavia, o orientador, sem trair a
cortesia que lhe é característica, recomendou-me esperasse o dia seguinte.
(1) O perispírito, mais tarde, será
objeto de mais amplos estudos das escolas espiritistas cristãs. — Nota do Autor
espiritual. Do livro “Libertação”. Espírito André Luiz. Psicografia de
Francisco Cândido Xavier.
CARLOS EDUARDO CENNERELLI
Cap. 6
Observações e novidades
Do
livro “Libertação”. Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido
Xavier.
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