domingo, 28 de outubro de 2012


A segunda morte – perda do veículo perispiritual
De volta ao domicilio de Gregório, fomos trans­feridos da cela trevosa para um aposento de janelas gradeadas, onde tudo desagradava à vista. Certo, devíamos a mudança ao resultado encorajador que alcançáramos nas operações seletivas, mas, em ver­dade, ainda aí, nos achávamos em autêntico par­dieiro. De qualquer modo, era para nós imenso consolo contemplar algumas estrelas, através do nevoeiro que assaltava a paisagem noturna.
O Instrutor, versado em expedições idênticas à nossa, recomendou-os não tocar os varões de metal que nos impediam a retirada, esclarecendo se acha­vam imantados por forças elétricas de vigilância e acentuando que a nossa condição ainda era de simples prisioneiros.
Aproximamo-nos, porém, das janelas que nos comunicavam com o exterior e reparei que o espe­táculo era digno de estudo.
Grande movimento na via pública, congre­gando vários grupos de criaturas, em conversação não longe de nós.
Os diálogos e entendimentos surpreendiam. Quase todos se referiam à esfera carnal.
Questões minuciosas e pequeninas da vida par­ticular eram analisadas com inequívoco interesse; contudo, as notas dominantes caíam no desequilí­brio sentimental e nas emoções primárias da expe­riência física.
Percebi diferentes expressões nos “halos vibratórios” que revestiam a personalidade dos con­versadores, através das cores de variação típica.
Dirigi-me a Gúbio, buscando-lhe oportuno es­clarecimento.
— Não mediste, ainda — respondeu, prestimoso — a extensão do intercâmbio entre encarna­dos e desencarnados. A determinadas horas da noite, três quartas partes da população de cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonas de contacto conosco e a maior percentagem desses semi-libertos do corpo, pela influência na­tural do sono, permanecem detidos nos círculos de baixa vibração qual este em que nos movimenta­mos provisoriamente. Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenrolam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios as respectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dos Espíritos protetores que se desvelam pelos homens no labor sacrificial da cari­dade oculta e da educação perseverante, sob a égide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estar­receriam as criaturas.
De alma voltada para as noções da vida imensa que o ambiente sugeria, rememorei o curso inces­sante das civilizações. Pensamentos mais altos cla­rearam-me os raciocínios. A Bondade do Senhor não violenta o coração. O Reino Divino nascerá dentro dele e, à maneira da semente de mostarda que se liberta dos envoltórios inferiores, medrará e crescerá gradativamente, sob os impulsos constru­tivos do próprio homem.
Que temerária concepção a de um paraíso fácil!
Gúbio percebeu-me a posição mental e falou em socorro de minhas pobres reflexões intimas:
— Sim, André, a coroa da sabedoria e do amor é conquistada por evolução, por esforço, por asso­ciação da criatura aos propósitos do Criador. A marcha da Civilização é lenta e dolorosa. Formi­dandos atritos se fazem indispensáveis para que o espírito consiga desenvolver a luz que lhe é própria. O homem encarnado vive simultaneamente em três planos diversos. Assim como ocorre à árvore que se radica no solo, guarda ele raizes transitórias na vida física; estende os galhos dos sentimentos e desejos nos círculos de matéria mais leve, quanto o vegetal se alonga no ar; e é sustentado pelos princípios sutis da mente, tanto quanto a árvore é garantida pela própria seiva. Na árvore, temos raiz, copa e seiva por três processos diferentes de manutenção para a mesma vida e. no homem, vemos corpo denso de carne, organização perispirítica em tipo de matéria mais rarefeita e mente, represen­tando três expressões distintas de base vital, com vistas aos mesmos fins.
Segundo observamos, o homem exige para sustentar-se, no quadro evolu­cionário, segurança relativa no campo biológico, alimento das emoções que lhe são próprias nas esferas de vida psíquica que se afinam com ele e base mental no mundo íntimo. A vida é patrimônio de todos, mas a direção pertence a cada um. A inteligência caída precipita-se, despenhadeiro abai­xo, encontrando sempre, nos círculos inferiores que elege por moradia, milhões de vidas inferiores, jun­to às quais é aproveitada pela Sabedoria Celestial para maior glorificação da obra divina. Na eco­nomia do Senhor, coisa alguma se perde e todos os recursos são utilizados na química do Infinito Bem. Aqui mesmo, nesta cidade, tínhamos, a princípio, autêntico império de vidas primitivas que, pouco a pouco, se fêz ocupado por extensas coletividades de almas vaidosas e cruéis. Entrincheiraram-se nestes sítios, guardando o louco propósito de hos­tilizar a Bondade Excelsa, e exercem funções úteis junto a enorme agrupamento de criaturas, ainda sub-humanas, não obstante atenderem a serviço que para nós outros seria presentemente insupor­tável. Usam a violência em largas doses, todavia, no curso dos anos, a influenciação intelectual delas trará grandes benefícios aos oprimidos de agora e estejamos convictos de que, apesar de blasonarem inteligência e poder, permanecerão nos postos que ocupam apenas enquanto perdurar o consentimento da Divina Direção, atento ao princípio que deter­mina tenha cada assembléia o governo que merece.
O Instrutor confiou-Se a pausa mais longa e concentrei minha atenção numa dupla feminina que conversava rente à grade.
Certa mulher já desencarnada dizia para a companheira, ainda presa à experiência física, parcialmente liberta nas asas do sono:
— Notamos que você, ultimamente, anda mais fraca, mais serviçal... Estará desencantada, quanto aos compromissos assumidos?
A interpelada explicou um tanto confundida:
— Acontece que João se filiou a um círculo de preces, o que, de alguma sorte, nos vem alterando a vida.
A outra deu um salto à retaguarda, ao modo de um animal surpreendido e gritou:
— Orações? Você está cega quanto ao perigo que isso significa? Quem reza cai na mansidão. É necessário espezinhá-lo, torturá-lo, feri-lo, a fim de que a revolta o mantenha em nosso círculo. Se ganhar piedade, estragar-nos-á o plano, deixando de ser nosso instrumento na fábrica.
A interlocutora, no entanto, observou ingênua:
— Ele se diz mais calmo, mais confiante...
— Marina — obtemperou a outra, intempes­tiva —, você sabe que não podemos fazer milagres e não é justo aceitar regras e intrujices de espíri­tos acovardados que, a pretexto de fé religiosa, se arvoram em ditadores de salvação. Precisamos de seu marido e de muitas outras pessoas que a ele se agregam em serviço e em nosso nível, O projeto é enorme e interessante para nós. Já esqueceu quanto sofremos? Eu, de mim mesma, tenho duras lições por retribuir.
E batendo-lhe esquisitamente nos ombros, acen­tuava:
Não admita encantamentos espirituais. A realidade é nossa e cabe-nos aproveitar o ensejo, integralmente. Volte para o corpo e não ceda um milímetro. Corra com os apóstolos improvisados. Fazem-nos mal. Prenda João, controlando-lhe O tempo. Desenvolva serviço eficiente e não o liberte. Fira-o devagarinho. O desespero dele chegará, por fim, e, com as forças da insubmissão que forem exteriorizadas em nosso favor, alcançaremos os fins a que nos propomos. Nada de transigência. Não se atemorize com promessas de inferno ou céu depois da morte. Em toda parte a vida é aquilo que faze­mos dela.
Boquiaberto com o que me era dado perceber, reparei que a entidade astuta e vingativa envolvia a interlocutora em fluidos sombrios, à maneira dos Hipnotizadores Comuns.
Enderecei olhar interrogativo ao nosso orien­tador que, após haver atenciosamente acompanhado a cena, informou prestimoso:
— A obsessão desse teor apresenta milhões de casos. De manhãzinha, na Esfera da Crosta, essa pobre mulher, vacilante na fé, incapaz de apreciar a felicidade que o Senhor lhe concedeu num casa­mento digno e tranquilo, despertará no corpo, de alma desconfiada e abatida. Oscilando entre o “crer” e o “não crer” não saberá polarizar a mente na confiança com que deve enfrentar as dificuldades do caminho e aguardar as manifestações santifican­tes do Alto e, em face da incerteza intima, em que se lhe caracterizam as atitudes, demorar-se-á iman­tada a essa irmã ignorante e infeliz, que a perse­gue e subjuga para conseguir deplorável vingança. Converter-se-á, por isso, em objeto de acentuada aflição para o esposo e suas conquistas incipientes periclitarão.
— Como se libertaria de semelhante inimiga? — perguntou Elói, interessado.
— Mantendo-Se num padrão de firmeza supe­rior, com suficiente disposição para o bem. Com esse esforço, nobre e contínuo, melhoraria inten­sivamente os seus princípios mentais, afeiçoando-os ás fontes sublimes da vida e, ao invés de conver­ter-se em material absorvente das irradiações en­fermiças e depressivas, passaria a emitir raios transformadores e construtivos, em beneficio de si mesma e das entidades que se lhe aproximam do caminho. Em todos os quadros do Universo, somos satélites uns dos outros, Os mais fortes arrastam os mais fracos, entendendo-se, porém, que o mais frágil de hoje pode ser a potência mais alta de amanhã, conforme nosso aproveitamento individual. Expedimos raios magnéticos e recebemo-los ao mes­mo tempo. É imperioso reconhecer, todavia, que aqueles que se acham sob o controle de energias cegas, acomodando-se aos golpes e sugestões da força tirânica, emitidos pelas inteligências per­versas que os assediam, demoram-se, longo tempo, na condição de aparelhos receptores da desordem psíquica. Muito difícil reajustar alguém que não deseja reajustar-se. A ignorância e a rebeldia são efetivamente a matriz de sufocantes males.
Ante o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como que ligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas, obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma das quais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamente nas particularidades. Al­gumas denunciavam movimento próprio, ao jeito de grandes amebas, respirando naquele clima espi­ritual; outras, contudo, pareciam em repouso, apa­rentemente inertes, ligadas ao halo vital das per­sonalidades em movimento.
Fixei, demoradamente, o quadro, com a per­quirição do laboratorista diante de formas desco­nhecidas.
Grande número de entidades em desfile nas vizinhanças da grade, transportavam essas esferas vivas, como que imantadas às irradiações que lhes eram próprias.
Nunca havia observado, antes, tal fenômeno.
Em nossa colônia de residência, ainda mesmo em se tratando de criaturas perturbadas e sofredoras, o campo de emanações era sempre normal. E quando em serviço, ao lado de almas em desequi­líbrio, na Esfera da Crosta, nunca vira aquela irregularidade, pelo menos quanto me fora, até ali, permitido observar.
Inquieto, recorri ao Instrutor, rogando-lhe ajuda.
— André — respondeu ele, circunspecto, evi­denciando a gravidade do assunto — Compreendo-te o espanto. Vê-se, de pronto, que és novo em serviços de auxílio. Já ouviste falar, de certo, numa “segunda morte”
— Sim — acentuei —, tenho acompanhado vá­rios amigos à tarefa reencarnacionista, quando, atraídos por imperativos de evolução e redenção, tornam ao corpo de carne. De outras vezes, raras aliás, tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual (1), conquistando planos mais altos. A esses missionários, distinguidos por eleva­dos títulos na vida superior, não me foi possível seguir de perto.
Gúbio sorriu e considerou:
— Sabes, assim, que o vaso perispirítico é também transformável e perecível, embora estruturado em tipo de matéria mais rarefeita.
— Sim... — acrescentei reticencioso, em mi­nha sede de saber.
— Viste companheiros — prosseguiu o orien­tador —, que se desfizeram dele, rumo a esferas sublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que se submeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos para renascerem na carne terrestre. Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no dever bem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, que já merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores, mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respei­táveis desses dois tipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos também perdem, um dia, a forma perispiritual.
Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, não conseguem elevar-se e gravitam em derredor das pai­xões absorventes que por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais. Grande número, nessas circunstâncias mormente os participantes de condenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos crimes. Se o discípulo de Jesus se mantém ligado a Ele, através de imponderáveis fios de amor, inspiração e reconhecimento, os pu­pilos do ódio e da perversidade se demoram unidos, sob a orientação das inteligências que os entrela­çam na rede do mal. Enriquecer a mente de co­nhecimentos novos, aperfeiçoar-lhe as faculdades de expressão, purificá-la nas correntes iluminativas do bem e engrandecê-la com a incorporação definitiva de princípios nobres é desenvolver nosso corpo glorioso, na expressão do apóstolo Paulo, es­truturando-o em matéria sublimada e divina. Essa matéria, André, é o tipo de veículo a que aspiramos, ao nos referirmos à vida que nos é superior. Esta­mos ainda presos às aglutinações celulares dos ele­mentos físio-perispiríticos, tanto quanto a tartaru­ga permanece algemada à carapaça. Imergimo-nos dentro dos fluidos carnais e deles nos libertamos, em vicioso vaivém, através de existências nume­rosas, até que acordemos a vida mental para ex­pressões santificadoras. Somos quais arbustos do solo planetário. Nossas raízes emocionais se mer­gulham mais ou menos profundamente nos círculos da animalidade primitiva. Vem a foice da morte e sega-nos os ramos dos desejos terrenos; todavia, nossos vínculos guardam extrema vitalidade nas camadas inferiores e renascemos entre aqueles mes­mos que se converteram em nossos associados de longas eras, através de lutas vividas em comum, e aos quais nos agrilhoamos pela comunhão de in­teresses da linha evolutiva em que nos encontramos.
As elucidações eram belas e novas aos meus ouvidos, e, em razão disso, calei as interrogações que me vagueavam no íntimo, para atenciosamente registrar as considerações do Instrutor, que pros­seguiu:
— A vida física é puro estágio educativo, den­tro da eternidade, e a ela ninguém é chamado a fim de candidatar-se a paraísos de favor e, sim, à moldagem viva do céu no santuário do Espírito, pelo máximo aproveitamento das oportunidades re­cebidas no aprimoramento de nossos valores men­tais, com o desabrochar e evolver das sementes di­vinas que trazemos conosco. O trabalho incessante para o bem, a elevação de motivos na experiência transitória, a disciplina dos impulsos pessoais, com amplo curso às manifestações mais nobres do sen­timento, o esforço perseverante no infinito bem, constituem as vias de crescimento mental, com aquisição de luz para a vida imperecível. Cada criatura nasce na Crosta da Terra para enrique­cer-se através do serviço à coletividade. Sacrifi­car-se é superar-se, conquistando a vida maior. Por isto mesmo, o Cristo asseverou que o maior no Reino Celeste é aquele que se converter em servo de todos. Um homem poderá ser temido e respeitado no Planeta pelos títulos que adquiriu à convenção humana, mas se não progrediu no domínio das idéias, melhorando-se e aperfeiçoando-se, guarda consigo mente estreita e enfermiça. Em suma, ir à matéria física e dela regressar ao campo de trabalho em que nos achamos presentemente, é sub­metermo-nos a profundos choques biológicos, des­tinados à expansão dos elementos divinos que nos integrarão, um dia, a forma gloriosa.
E porque me visse na atitude do aprendiz que interroga em silêncio, Gúbio asseverou:
— Para fazer-me mais claro, voltemos ao sím­bolo da árvore, O vaso físico é o vegetal, limitado no espaço e no tempo, o corpo perispirítico é o fruto que consubstancia o resultado das variadas operações da árvore, depois de certo período de maturação, e a matéria mental é a semente que representa o substrato da árvore e do fruto, con­densando-lhes as experiências. A criatura para ad­quirir sabedoria e amor renasce inúmeras vezes, no campo fisiológico, à maneira da semente que re­gressa ao chão. E quantos se complicam, delibera­damente, afastando-se do caminho reto na direção de zonas irregulares em que recolhem experimentos doentios, atrasam, como é natural, a própria mar­cha, perdendo longo tempo para se afastarem do terreno resvaladiço a que se relegaram, ligados a grupos infelizes de companheiros que, em compa­nhia deles, se extraviaram através de graves com­promissos com a leviandade ou com o desequilíbrio. Compreendeste, agora?
Apesar da gentileza do orientador, que fazia o possível por clarear o seu pensamento, ousei indagar:
— E se consultarmos esses esferóides vivos? Ouvir-nos-ão? Possuem capacidade de sintonia?
Gúbio atendeu solícito:
— Perfeitamente, compreendendo-se, porém, que a maioria das criaturas, em semelhante posição nos sítios inferiores quanto este, dormitam em es­tranhos pesadelos. Registram-nos os apelos, mas respondem-nos, de modo vago, dentro da nova for­ma em que se segregam, incapazes que são, provi­soriamente, de se exteriorizarem de maneira com­pleta, sem os veículos mais densos que perderam, com agravo de responsabilidade, na inércia ou na prática do mal. Em verdade, agora se categorizam em conta de fetos ou amebas mentais, mobilizáveis, contudo, por entidades perversas ou rebeladas. O caminho de semelhantes companheiros é a reencar­nação na Crosta da Terra ou em setores outros de vida congênere, qual ocorre à semente destinada à cova escura para trabalhos de produção, seleção e aprimoramento. Claro que os Espíritos em evo­lução natural não assinalam fenômenos dolorosos em qualquer período de transição, como o que examinamos. A ovelha que prossegue, firme, na senda justa, contará sempre com os benefícios de­correntes das diretrizes do pastor; no entanto, as que se desviam, fugindo à jornada razoável, pelo simples gosto de se entregarem à aventura, nem sempre encontrarão surpresas agradáveis ou cons­trutivas.
O orientador silenciou por momentos e per­guntou, em seguida:
— Entendeste a importância de uma existência terrestre?
Sim, entendia, por experiência própria, o valor da vida corporal na Crosta Planetária; contudo, ali, diante dos esferóides vivos, tristes mentes humanas sem apetrechos de manifestação, meu respeito ao veículo de carne cresceu de modo espantoso. Al­cancei, então, com mais propriedade, o sublime conteúdo das palavras do Cristo: “andai, enquanto tendes luz”. O assunto era fascinante e tentei Gúbio a examiná-lo, mais detidamente; todavia, o orientador, sem trair a cortesia que lhe é carac­terística, recomendou-me esperasse o dia seguinte.
(1)    O perispírito, mais tarde, será objeto de mais amplos estudos das escolas espiritistas cristãs. — Nota do Autor espiritual. Do livro “Libertação”. Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
CARLOS EDUARDO CENNERELLI
Cap. 6 Observações e novidades
Do livro “Libertação”. Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

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